A biofarmacêutica Spinogenix desenvolveu uma pílula de uso diário capaz de regenerar sinapses danificadas em pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva, acarretando em paralisia motora irreversível. Essa foi a doença que acometeu o físico Stephen Hawking.

Chamado de SPG302, o comprimido apresentou resultados promissores na primeira fase de ensaios clínicos.

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Entenda:

  • A biofarmacêutica Spinogenix desenvolveu o SPG302, um comprimido de uso diário voltado ao tratamento de pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA);
  • A pílula pode regenerar sinapses danificadas e mostrou resultados promissores na primeira fase de ensaios clínicos;
  • O SPG302 vai passar por uma nova etapa de testes e, se sua eficácia for comprovada, pode revolucionar a recuperação de funções neurais perdidas em pacientes com ELA;
  • As informações foram divulgadas pela Spinogenix.
Nova pílula pode regenerar sinapses danificadas em pacientes com ELA. (Imagem: sutadimages / Shutterstock)

Também conhecida como doença de Charcot ou Lou Gehrig, a ELA age no cérebro e na medula espinhal, afetando os neurônios responsáveis por movimentos musculares voluntários – como falar, respirar e caminhar. Com o tempo, a perda dos neurônios piora o controle muscular e se torna fatal aos pacientes.

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Stephen Hawking recebeu o diagnóstico de ELA aos 21 anos, após apresentar quadros de fraqueza muscular nas pernas. Os médicos previram que ele não viveria mais que três anos. No entanto, Hawking surpreendeu a todos e viveu até os 76 anos, deixando um importante legado para a ciência. Foto: Rex/Shutterstock

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A fase inicial dos ensaios clínicos com o SPG302 aconteceu na Austrália, envolvendo participantes adultos saudáveis. Com resultados promissores, a Spinogenix começou a testar o medicamento em pacientes com ELA em abril deste ano.

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ELA afeta movimentos musculares voluntários. (Imagem: Nampix/Shutterstock)

“Os tratamentos atuais não atendem suficientemente às necessidades dos pacientes com ELA, uma vez que retardar a progressão da doença por si só não é suficiente. Estamos empenhados em promover o SPG302 com a esperança de fornecer uma terapia nova e transformadora que possa melhorar significativamente a vida daqueles que lutam contra essa doença devastadora”, disse Stella Sarraf, CEO e fundadora da Spinogenix, em comunicado.

A comprovação da eficácia do SPG302 na próxima fase de ensaios clínicos pode ser um grande passo no tratamento da esclerose. “A nova abordagem do Spinogenix funciona no nível sináptico para regenerar sinapses. Este primeiro estudo em pessoas com ELA é um passo importante para determinar se o SPG302 ajuda a recuperar funções perdidas nos domínios dos sintomas motores e cognitivos”, completou Merit Cudkowicz, membro do conselho consultivo da Spinogenix.