Cidade romana perdida é descoberta no fundo do oceano

Arqueólogos localizaram as ruínas da cidade a algumas dezenas de quilômetros de Roma, na costa da região de Campo di Mare
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 05/06/2024 15h41
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Imagem: Soprintendenza Archaeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale
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O Império Romano conquistou praticamente todo o território ocidental conhecido na época. E, segundo um novo estudo, avançou até mesmo em regiões que hoje estão embaixo d’água. Um grupo de arqueólogos descobriu uma cidade perdida a algumas dezenas de quilômetros de Roma, na costa da região de Campo di Mare.

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Parte das estruturas antigas estão bem conservadas (Imagem: Soprintendenza Archaeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale)

Cidade afundou devido a questões climáticas

  • As buscas pelo povoado romano começaram em 2021, após a localização de uma coluna de mármore do período antigo.
  • A estrutura estava escondida nas areias próximas do Mar Tirreno.
  • Os estudos posteriores confirmaram que existia algo maior no local.
  • No total, foram descobertos 50 metros de diâmetro de construções que afundaram com o passar dos séculos.
  • A conclusão é que os vestígios pertenciam a um pavilhão portuário construído pelos romanos.
  • Segundo a equipe de especialistas da Soprintendenza Archaeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale, a pequena cidade afundou devido a questões climáticas desconhecidas atualmente.
Mergulhadores encontraram ruínas da cidade romana (Imagem: Soprintendenza Archaeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale)

Ruínas apresentam detalhes de sofisticação

Os pesquisadores afirmam que a construção localizada conta com uma cinta dupla de paredes separadas de tijolos com três metros de largura e assentes sobre uma base de barro. Isto favoreceu a conservação das cofragens e postes de madeira utilizados na sua fundação.

A equipe apresentou um relatório detalhando que “a imponente estrutura circular está coberta de cocciopesto [material de construção da época romana] em alguns locais, noutras partes do piso do opus spicatum ainda se conserva, e apenas no centro existem poucos fragmentos de alvenaria que infelizmente não estão em vigor” .

A vila romana ainda passará por novos estudos para determinar sua origem. No entanto, os cientistas acreditam que ela possa ter sido a casa de um importante aristocrata do período. A hipótese foi levantada em função da sofisticação e dos detalhes encontrados nas ruínas.

Com a descoberta, as autoridades italianas proibiram a navegação no loca. O objetivo é garantir a conservação das estruturas para a realização de novos estudos no futuro.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.