No ano passado, o X (Twitter) precisou repassar dados da conta de Donald Trump à justiça nos EUA sem o consentimento do ex-presidente. Agora, a rede social de Elon Musk está agindo para impedir que o cenário se repita, solicitando para a Suprema Corte uma exigência que poderá alterar radicalmente como os investigadores criminais distribuem mandados de busca e intimações para informações sensíveis no país.

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O X pede aos juízes que considerem se os serviços de redes sociais podem ser forçados a partilhar dados sobre os seus usuários com agentes do governo, ao mesmo tempo que são impedidos de informar esses usuários sobre isso.

O material de Trump, observou a empresa, pode ter sido sujeito as reivindicações de privilégio executivo. Mas outros usuários podem ter seus próprios privilégios para invocar, desde advogados, jornalistas e cônjuges.

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X pede revisão da Suprema Corte para que caso Trump não ocorra novamente – Imagem: Lea Rae/Shutterstock

Justiça determinou que Trump não fosse avisado da investigação

  • Uma juíza em Washington D.C., Beryl Howell, rejeitou os protestos do X. e endossou a chamada “ordem de sigilo” que proibia a empresa de informar Trump sobre a intimação de Smith.
  • Ela argumentou que os promotores apresentaram evidências de que informar Trump poderia colocar as informações em risco e causar riscos à investigação.
  • O Tribunal de Apelações do Circuito de D.C. apoiou a decisão de Howell, mas os quatro conservadores do tribunal escreveram uma opinião contundente criticando a decisão por permitir que os promotores evitassem uma potencial luta por privilégios executivos.

Enquanto Jack Smith já obteve dados volumosos da conta de Trump em busca de identificar as ações do ex-presidente nas principais semanas que antecederam o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio, o X diz que a questão legal que está no cerne da petição à Suprema Corte provavelmente se repetirá.

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Dados de Trump no X são objeto de investigação de autoridades federais – Imagem: rafapress/Shutterstock