Robôs do Mercado Livre separam até 100 mil compras por dia no Brasil

De acordo com o Mercado Livre, os robôs reduzem em 20% o tempo de separação de mercadorias compradas pelos clientes via internet
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 06/06/2024 14h28, atualizada em 14/06/2024 12h35
Pessoa segurando celular com logomarca do Mercado Livre na tela; no fundo, um armazém da varejista
(Imagem: Miguel Lagoa/Shutterstock)
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A necessidade de entregar mercadorias cada vez mais rápido depende de avanços tecnológicos. É por isso que o Mercado Livre, um dos maiores players do segmento, está utilizando robôs para agilizar o processo de separação de produtos no centro de distribuição SP04 da empresa, em Cajamar, São Paulo.

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Mercado Livre é líder em acessos a sites de comércio eletrônico no Brasil (Imagem: Leonidas Santana / Shutterstock)

Robôs garantem entregas mais rápidas do Mercado Livre

  • Diariamente, são processados no local cerca de 500 mil pedidos, ou seja, 347 por minuto.
  • Grande parte deste trabalho (cerca de 100 mil) já é realizada pelos robôs.
  • No total, o Mercado Livre utiliza 100 dispositivos.
  • Juntos, eles são capazes de levantar e mover 2,5 mil prateleiras diariamente.
  • Os robôs estão em fase de testes por três meses.
  • Após este período, o número pode ser ampliado para 334.
  • De acordo com a empresa, os equipamentos reduzem em 20% o tempo de separação de mercadorias compradas pelos clientes via internet, o que gera um ganho de produtividade e acelera as entregas aos consumidores.
Robô utilizado pelo Mercado Livre (Imagem: divulgação/Mercado Livre)

Operações da empresa serão ampliadas no Brasil

Produzidos pela companhia chinesa Quicktron, os aparelhos são semelhantes a um aspirador-robô. Eles são amarelos e podem levantar até 600 quilos.

A autonomia de bateria de cada um é de oito horas. Após este tempo, eles retornam automaticamente para a base para serem recarregados antes de iniciar uma nova jornada de trabalho.

Um funcionário humano precisa ir com um carrinho até as prateleiras onde os produtos são armazenados aleatoriamente e identificados por QR Code. Quando necessário, prateleiras com rodinhas são movimentadas de um lado ao outro do centro por um trabalhador.

Com o advento dos robôs, tudo fica mais fácil e ágil. As prateleiras são levadas até um funcionário que as abastece com os produtos. Em seguida, elas vão para a unidade de embalagem e entram nos caminhões de entrega. Segundo o Mercado Livre, essa agilidade significa que os produtos são entregues mais rapidamente para os clientes.

Apesar dos temores, a empresa garante que não haverá demissões. Pelo contrário. A companhia prometeu mais 11 mil pessoas para as operações no Brasil até o fim de 2024. O Mercado Livre também vai criar dois novos centros de distribuição, em Porto Alegre e Brasília.

De acordo com dados da empresa de monitoramento online Conversion, o Mercado Livre é líder em acessos a sites de comércio eletrônico no Brasil, seguida pela Shopee e pela Amazon. OLX e Magazine Luiza são as únicas brasileiras a integrar a lista das cinco lojas digitais mais acessadas por consumidores no Brasil. As informações são do Terra.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.