Pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, desenvolveram um modelo prevendo quais os impactos das mudanças climáticas para a transmissão de malária. Eles inovaram ao analisar o impacto das chuvas e dos fluxos de água na formação de reservatórios superficiais usados na reprodução de mosquitos.

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Mosquito que transmite malária picando uma pessoa
Mosquito que transmite malária (Imagem: ArtsyBee/Pixabay)

Novas áreas de risco podem ser identificadas

Segundo os cientistas, o modelo pode ser usado para calcular, por exemplo, o número de meses em um ano com maior probabilidade de transmissão da malária. As informações também podem ser usadas para prever áreas de risco e para adoção de medidas de combate à doença.

Os pesquisadores explicam que é fundamental analisar os impactos do aumento das temperaturas nos fluxos de água em função deles serem essenciais no ciclo de transmissão da doença. É por isso que a malária é mais frequente em áreas tropicais, por exemplo.

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Diversos artigos científicos produzidos no Brasil apontam que os impactos das atividades humanas na dinâmica de transmissão da malária na Amazônia são claros. Isso acontece porque alterações na vegetação da floresta, ou seja, os desmatamentos, mudam a biodiversidade dos mosquitos.

Ao mesmo tempo, novas condições ecológicas causadas pelas mudanças climáticas possibilitariam até mesmo que outras espécies passem a transmitir a doença. O estudo foi divulgado na revista Science.

Malária
Vacina contra a malária é esperança para impedir aumento dos casos no futuro (Imagem: Shutterstock/joel bubble ben)

Doença pode ser mortal

  • Hoje há mais de 200 milhões de casos de malária todos os anos no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
  • A doença, que pode ser fatal, é transmitida pela picada das fêmeas de algumas espécies de mosquitos do gênero Anopheles contaminadas pelo parasita Plasmodium.
  • Na África, a maioria dos casos de malária é decorrente do protozoário Plasmodium falsiparum, enquanto, no Brasil, o Plasmodium vivax é mais comum.
  • Também pode ocorrer transmissão por compartilhamento de agulhas e seringas, apesar de ser mais incomum.