Planta marinha mais antiga do mundo tem idade revelada

Cientistas desenvolveram um relógio genético que também pode ser utilizado para determinar a idade de outras plantas
Alessandro Di Lorenzo10/06/2024 14h00
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Imagem: Damsea/Shutterstock
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Uma equipe de pesquisadores internacionais conseguiu identificar a idade da planta marinha mais antiga do mundo. Para isso, os cientistas desenvolveram um novo relógio genético e que também pode ser utilizado em análises de outras espécies.

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Planta Zostera marina (Imagem: Andriy Nekrasov/Shutterstock)

Clone das ervas marinhas do Mar Báltico

  • De acordo com o estudo, publicado na revista Nature Ecology and Evolution, a planta tem cerca de 1.400 anos de idade.
  • Ela é uma espécie de um clone das ervas marinhas encontrados no Mar Báltico atualmente.
  • Segundo os pesquisadores, a reprodução vegetativa é um modo alternativo de reprodução e está difundida nos reinos animal, fúngico e vegetal.
  • Através deste processo, são criadas “espécies clonais” que produzem descendentes geneticamente semelhantes por ramificação ou brotamento e muitas vezes atingem o tamanho de um campo de futebol ou mais.
  • No entanto, esses descendentes não são geneticamente idênticos.
Processo de criação de “clones” (Imagem: Nature Ecology & Evolution)

Relógio molecular será testado em outras espécies

A partir do entendimento deste processo natural, uma equipe de cientistas desenvolveu um novo relógio molecular que pode determinar a idade de qualquer clone com alta precisão. Eles testaram o método em uma planta localizada no norte da Europa.

Segundo o estudo, a planta mais antiga identificado tinha 1402 anos e vinha do Mar Báltico. Este clone atingiu esta idade apesar de um ambiente hostil e variável.

Essas novas estimativas de idade e longevidade para espécies clonais preenchem uma importante lacuna de conhecimento. Particularmente em habitats marinhos, muitas espécies, como corais e ervas marinhas, podem se reproduzir vegetativamente, e seus clones podem se tornar muito grandes.

O próximo passo dos cientistas é aplicar essa ferramenta em corais ameaçados de extinção. O objetivo é criar medidas de conservação mais eficazes da vida marinha.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.