(Imagem: Nadezda Murmakova/Shutterstock)
As vendas de carros elétricos da Tesla caíram a ponto da produção superar a demanda. Resultado: a empresa está com tantos carros encalhados (leia-se: não vendidos) que o acumulado é visível do espaço.
É o que mostra uma reportagem do site Sherwood, que usou imagens de satélite e análises de detecção de objetos do SkyFi para espiar, de cima, a Gigafactory da Tesla, nos arredores de Austin, no Texas (EUA).
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Ao comparar uma quinta-feira de outubro de 2023 com uma quinta-feira de março de 2024, dá para notar que os estacionamentos destacados em verde nas imagens acima estão mais cheios. Consideravelmente mais cheios, diga-se.
Este tem sido um “ano de pesadelo” para a Tesla, a ponto de investidores estarem cautelosos com o que está por vir. Além disso, o CEO da empresa, Elon Musk, disse que uma nova plataforma para a próxima geração de veículos e um Tesla mais acessível só devem se concretizar em 2025.
Vários fatores estão em jogo. Para começar, as fabricantes notaram uma desaceleração na demanda por veículos totalmente elétricos. E há uma onda de alternativas mais baratas, particularmente de concorrentes da China (por exemplo: a BYD).
Além disso, o temperamento (e comportamento) de Musk tem afastado possíveis compradores. Como se não bastasse, o empresário tem muitas outras empreitadas que tomam seu tempo e atenção – desde lançar megafoguetes na SpaceX até caçar briga com ministros no X (antigo Twitter).
Ainda falando em Musk, os acionistas da Tesla votarão, nesta semana, no pacote de remuneração de US$ 56 bilhões (R$ 300 bilhões) do CEO. E essa votação pode determinar o futuro de Musk na empresa – pelo menos, é o que indica uma carta recente da presidente da Tesla, Robyn Denholm.
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de junho de 2024 12:38