Pesquisadores identificaram um exoplaneta raro parecido com Netuno e seis vezes maior do que a Terra. Apelidado de “Planeta Fênix”, ele intriga os cientistas. O planeta deveria ter sido reduzido a apenas uma rocha sem atmosfera por causa da sua proximidade com o Sol. No entanto, isso não aconteceu.

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Um enigma para os pesquisadores

  • Segundo comunicado da Universidade Johns Hopkins, o fato do exoplaneta ter mantido a atmosfera inflada de gases e outros materiais mais leves é um grande enigma para a ciência.
  • Os cientistas dizem que a situação é diferente de tudo o que já havia sido observado no espaço.
  • Pelo que sabemos (ou sabíamos), planetas nestas condições acabam perdendo as suas atmosferas.
  • Apesar de diferente, o TIC365102760, como é tecnicamente chamado, não sobreviverá mais de 100 milhões de anos.
  • Segundo os pesquisadores, devido à idade avançada e às temperaturas escaldantes, combinadas com sua densidade baixa, esse processo de remoção de sua atmosfera deve ocorrer a um ritmo mais lento do que se pensava ser possível.
Planeta Fênix desafia compreensão dos cientistas (Imagem: Roberto Molar Candanosa/Universidade Johns Hopkins)

Localização do exoplaneta

Para descobrir o exoplaneta, os pesquisadores usaram um novo método de ajuste de dados do Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito da NASA. Lançado em 2018, esse telescópio espacial identifica planetas de baixa densidade, caso do Fênix, quando eles reduzem o brilho de suas estrelas hospedeiras ao passarem na frente delas.

No estudo, os cientistas combinaram também dados desse satélite com medições do Observatório W.M. Keck, no Havaí, que acompanha sinais emitidos por estrelas causados por seus planetas orbitantes.

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A conclusão é que o exoplaneta é menor, mais antigo e mais quente do que previsto. Além disso, ele orbita sua estrela a cada 4,2 dias, e fica seis vezes mais próximo dela do que Mercúrio do Sol. As informações são do G1.