(Imagem: P5h/Shutterstock)
A Altris, fabricante sueca de baterias de íon de sódio, quer usar o carbono presente nas polpas de celulose das árvores para tornar as baterias mais eficientes. O projeto é uma parceria com a finlandesa Stora Enso, fabricante de papel e celulose e proprietária do Lignode – material de carbono derivado da lignina.
Entenda:
A proposta visa substituir o grafite pelo Lignode na produção de ânodos para, além de aprimorar a duração e a velocidade de carga das baterias, reduzir a dependência da União Europeia pela importação de grafite da China – que, atualmente, é responsável pela maior parte da produção do material no mundo.
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A Stora Enso começou a produzir o Lignode em 2021, e, agora, quer expandir a fabricação a nível comercial. Como explica a empresa em um comunicado, 20 a 30% de uma árvore é composta de lignina, tornando a substância abundante e, com a parceria com a Altris, promissora para a criação da bateria de íon de sódio “mais sustentável do mundo”.
“Nos esforçamos para estabelecer uma cadeia de fornecimento local e aproveitar materiais abundantes e limpos para desenvolver baterias de íon de sódio. Esperamos que a parceria evolua nos próximos anos, com o objetivo de comercializar a bateria mais sustentável do mundo”, disse Björn Mårlid, CEO da Altris, no anúncio publicado na última quarta-feira (5).
“Os materiais de base biológica são fundamentais para melhorar a sustentabilidade das células de bateria. Com o Lignode tendo o potencial para se tornar o material anódico mais sustentável do mundo, a parceria com a Altris alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso comum de apoiar a ambição de uma eletrificação mais sustentável”, destacou Juuso Konttinen, vice-presidente sênior da Stora Enso.
Esta post foi modificado pela última vez em 21 de junho de 2024 21:00