Pesquisadores da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos estão trabalhando no desenvolvimento de um novo “laser quântico” de nível militar que pode cortar a névoa e operar em longas distâncias. Eles receberam uma doação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) para criar um protótipo da nova tecnologia.

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Laser já é utilizado como armamento (Imagem: divulgação/governo do Reino Unido)

Novo laser apresenta maior precisão

  • Os lasers já desempenham um papel crucial em operações militares e são usados desde comunicações por satélite e tecnologia de direcionamento até sistemas de mapeamento e rastreamento.
  • A nova tecnologia de “laser de dímero fotônico quântico” usa emaranhamento quântico para unir partículas de luz e gerar um feixe altamente concentrado.
  • Os pesquisadores explicam que os sistemas convencionais funcionam estimulando os elétrons nos átomos a oscilarem em uníssono.
  • Quando eles se movem de um estado de alta energia para um estado de baixa energia, liberam uma forma de luz com comprimento de onda e fase uniformes, que é refinada em um feixe de laser concentrado.
  • Já o novo protótipo pode manter a precisão e a força em distâncias maiores e em condições adversas.
Novo laser é mais potente e pode cortar a névoa (Imagem: Michal Vitek/Shutterstock)

Tecnologia pode ajudar também na transmissão de dados

O laser de dímero fotônico de duas cores funciona ligando pares de fótons por meio de um processo chamado emaranhamento quântico. Este é um fenômeno que ocorre quando duas ou mais partículas se interconectam de forma que uma partícula influencia instantaneamente o estado da outra, independentemente da distância entre elas.

Quando dois fótons são ligados entre si por meio do emaranhamento quântico, eles criam o que são conhecidos como dímeros fotônicos. Eles são mais fáceis de manipular porque atuam de forma unificada, com qualquer alteração aplicada a um fóton afetando diretamente o outro.

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Essa ligação de partículas de luz aumenta a energia e a estabilidade do laser, tornando-o melhor em operações de longas distâncias e em condições adversas, como temperaturas extremas e na ocorrência de neblina. A tecnologia também pode desempenhar um papel na computação quântica e nas telecomunicações, transmitindo dados de forma mais veloz e segura.