Exoplanetas e energia escura intrigam cientistas há muito tempo. E uma das apostas da NASA para desvendar mistérios sobre ambos é colocar um satélite equipado com lasers na órbita da Terra. O satélite, desenvolvido na Universidade George Mason (EUA), é uma espécie de estrela artificial.

NASA quer colocar ‘estrela artificial’ em órbita da Terra

  • A missão Landolt da NASA, com lançamento previsto para 2029, planeja colocar uma “estrela artificial” na órbita da Terra para calibrar telescópios e ajudar a desvendar mistérios sobre exoplanetas e energia escura;
  • A “estrela”, na verdade, é um satélite equipado com lasers. Assim, imitará estrelas e supernovas, permitindo medições mais “finas” do brilho de estrelas reais e outros objetos brilhantes. O objetivo é melhorar a precisão das observações astronômicas;
  • Além disso, os dados do satélite auxiliarão na pesquisa sobre a taxa de expansão cósmica e energia escura, fundamentais para entender a expansão do Universo. A missão também poderá proporcionar novos insights sobre a evolução estelar e a habitabilidade de exoplanetas.

A empreitada faz parte da missão Landolt, liderada pela universidade, com lançamento previsto para 2029. O nome da missão homenageia o astrônomo Arlo Landolt, conhecido por criar referências para medir brilho e cor de estrelas.

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‘Estrela artificial’ servirá para calibrar telescópios na Terra

Montagem de satélite estilo estrela artificial de equipamento lançando lasers para telescópio na Terra
Lasers de satélite ‘estrela artificial’ vão ajudar calibragem de telescópios na Terra (Imagem: Eliad Peretz)

O objetivo da missão é calibrar telescópios no solo usando a “estrela artificial”, que ficará a mais de 35,7 mil quilômetros numa órbita geoestacionária. Isso significa que o satélite se moverá em órbita na mesma velocidade da rotação da Terra. No primeiro ano da missão, ele ficará “estacionado” sobre os EUA.

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O satélite vai disparar lasers para telescópios na Terra, imitando estrelas ou supernovas no espaço profundo para calibração. A “estrela artificial” permitirá aos astrônomos medir, de maneira precisa, o brilho de estrelas reais e outros objetos brilhantes em nossa galáxia, bem como fora dela.

“Esta missão é focada em medir propriedades fundamentais que são usadas diariamente em observações astronômicas”, disse Eliad Peretz, pesquisador principal adjunto da Landolt, em comunicado publicado no site da Universidade George Mason.

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Satélite também pode trazer respostas sobre mistérios do Universo

Ilustração digital de energia escura no Universo
‘Estrela artificial’ em órbita da Terra pode ajudar pesquisas sobre energia escura (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Como a expansão do Universo é medida em cima do cálculo do brilho das estrelas, os dados do satélite devem ajudar a pesquisas relacionadas à taxa de expansão cósmica e o que se acredita alimentar ela – a energia escura.

Além disso, cientistas dizem que os dados da missão da “estrela artificial” melhorarão sua compreensão sobre evolução estelar e exoplanetas próximos à Terra.

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“Ela pode impactar e mudar a maneira como medimos ou entendemos as propriedades das estrelas, temperaturas de superfície e a habitabilidade de exoplanetas”, disse Peretz.