Sites fraudulentos: 5 coisas para prestar atenção e evitar golpes

Uma das formas mais simples de identificar sites fraudulentos é pela URL, já que nos verdadeiros costuma iniciar com “HTTPS”
Por Ramana Rech, editado por Bruno Ignacio de Lima 19/06/2024 04h20, atualizada em 04/07/2024 15h11
Representação de um hacker usando um computador
Imagem: Growtika
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Uma pesquisa global feita pelo SAS Institute mostra que 80% dos brasileiros relatam ter sofrido fraude pelo menos uma vez. Mais da metade (52%) foi vítima desse crime no mínimo duas vezes. Uma onda de sites fraudulentos se proliferou durante a pandemia de covid-19 e continua a se fortalecer até hoje.

Leia mais:

Para evitar cair nesse tipo de golpe, os consumidores podem ficar de olho em alguns elementos dos sites que indicam se ele é oficial ou falso. As cinco dicas são do executivo sênior de Desenvolvimento de Negócios da Nethone, Thiago Bertacchini.

1. Atenção à URL da página

Essa é uma maneira simples de identificar se um site é fraudulento ou não. Sites verdadeiros costumam iniciar com “HTTPS”. Isso é um indicativo de que a página utiliza criptografia SSL e dispõe de proteção de dados.

O consumidor também deve procurar por alterações na grafia do nome do site. Por exemplo, uma página que tenta se passar pela rede social Instagram pode ter em sua URL “Instagr4m”. Outro exemplo é um site que tenta simular o e-commerce Mercado Livre, cuja URL é “Mercado Liivre”.

2. Imagens pixeladas ou gramática incorreta

Em sites fraudulentos a semelhança com o oficial às vezes está apenas no design, mas não no conteúdo. Uma alternativa para consumidores desconfiados é ficar atento inconsistências no logotipo, imagens dos produtos em baixa resolução ou erros de português.

Esses detalhes indicam que arquivos foram retirados de outros sites por meio de capturas de telas ou downloads. Os erros de gramática mostram a desatenção dos golpistas, já que não existe interesse real em manter uma página caprichosa no ar.

3. Preços ou ofertas absurdas

Uma forma de fisgar o consumidor é a oferta de produtos e serviços por preços muito abaixo dos praticados pelo mercado. Por isso, quando se deparar com ofertas tentadoras, é importante olhar se existe feedback de compradores do site, porque ele pode ser fraudulento. Nessa prática, os golpistas recebem o valor da transação, mas podem entregar ao cliente produtos de qualidade inferior.

4. Poucas formas de contato e transação por pix

Caso não exista a aba de “contato” ou apenas um formulário para preenchimento na página, o consumidor pode começar a desconfiar. Antes de realizar uma compra, é importante conferir se o site tem telefone ou e-mail de contato, de preferência corporativos ou SAC.

Fraudes
Imagem: Pixel-Shot/Shutterstock

Além disso, métodos de transação sem possibilidade de rastreio ou ausência de uma gama de métodos tradicionais como cartão de crédito e débito, por exemplo, são sinais de alerta de que se trata de um site fraudulento.

Se a única opção de pagamento disponível é via pix, o consumidor deve verificar se a chave é um CPF, em especial, se pensar que está comprando em uma grande empresa.

Os fraudadores podem estar atrás dos dados do consumidor, e uma das forma de conseguir isso é o fazendo abrir links maliciosos. Os links com vírus capaz de infectar o dispositivo costumam ser curtos , como BitLy ou TinyURL, ou ter muita informação, como caracteres aleatórios e letras desconexas. Normalmente, os links verdadeiros são limpos, não possuem arquivos anexados e não tendem a vir de locais como caixa de spam.

Ramana Rech
Colaboração para o Olhar Digital

Ramana Rech é jornalista formada pela ECA-USP. Participou do Curso Estadão de Jornalismo Econômico e tem passagem pela Editora Globo e Rádio CNN.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.