Às vezes, cair em um golpe virtual pode ser inevitável. Mas, geralmente, é possível adotar uma série de hábitos online que podem aprimorar a cibersegurança dos seus dados, arquivos e até dos seus dispositivos (como computadores e celulares). Pensando nisso, separamos uma lista com oito dicas práticas e simples para melhorar a sua segurança online.

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1. Não salve senhas online

Novo sistema de inteligência artificial consegue quebrar senhas pelo ruído das teclas
Imagem: Undrey/Shutterstock

O Google possui um sistema de gerenciamento de dados que sugere aos usuários a hospedagem de senhas. Na prática, isso significa que enquanto estiver usando o Google como buscador online e fizer o login em um site, vai aparecer uma janelinha no canto da sua tela perguntando se você não deseja salvar a sua senha; fazer isso descartaria a necessidade de sempre fazer o login de forma manual.

Mas se é um recurso tão versátil, qual é o problema? Então, se alguém invadir o seu computador remotamente ou acessar a sua máquina (presencialmente) sem a sua autorização, esta pessoa teria acesso às suas senhas. Uma vez com estas senhas em mãos, o invasor teria pleno domínio dos seus dados de login para entrar nas plataformas que você utiliza, como redes sociais, e-mail, senhas para sites de trabalho, bancos, corretoras de valores… A lista é imensa e a brecha de segurança também, por isso, previna-se e não salve as suas senhas online.

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2. Desative o preenchimento automático

Sabe quando você clica num campo de texto para digitar e-mail, CPF ou endereço, e o seu navegador sugere este dado para você automaticamente? Pois bem, o nome disso é preenchimento automático. Apesar de parecer inofensivo, isso carrega o mesmo problema do tópico anterior, mas é ainda mais fácil de ser acessado: qualquer pessoa com pleno acesso ao seu PC pode descobrir os dados sensíveis que você já preencheu (até o número de cartões de crédito e números de segurança destes cartões) e fazer uma cópia para si mesmo para usar mais tarde.

Desta forma, a nossa sugestão para você é abrir as configurações do seu navegador, procurar o recurso do preenchimento automático e desativá-lo. Com isso feito, é verdade que você terá sempre que digitar inúmeras vezes o seu e-mail, por exemplo, mas manterá os seus dados muito mais seguros.

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3. Insira senha em arquivos com dados sensíveis

Ícone de cadeado em frente tela de computador com códigos
(Imagem: Darwin Laganzon/Pixabay)

Muitas pessoas guardam arquivos com dados sensíveis no PC, celular, pen drive, tablet e até em sistemas de nuvem (como Google Drive e OneDrive). Não vamos entrar no mérito de dizer se isso é certo ou errado, apenas sugerimos que você coloque camadas extras de proteção nestes arquivos –– o que deve variar de acordo com o local onde você hospedou.

No caso de sistemas de nuvens, o OneDrive oferece um cofre para todos os usuários: o sistema garante uma série de possibilidades para manter os seus arquivos seguros, como senhas, leitura biométrica, reconhecimento facial, verificação em duas etapas, envio de códigos por e-mail, etc. Verifique quais as tecnologias que o seu aparelho fornece e escolha o método que mais prometer segurança a você.

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4. Não use redes públicas de Wi-Fi

Usar redes públicas de Wi-Fi, com certeza, é um hábito muito comum quando os usuários saem de casa e não têm pacotes de dados para acessar as redes sociais. Estas redes estão presentes em clínicas médicas, shoppings, restaurantes, praças, hospitais… Mas por que acessá-las é algo ruim? Simples: hackers podem utilizá-las para acessar o seu dispositivo e roubar os seus dados, como informações sensíveis (nomes de usuários, senhas, CPF salvo no preenchimento automático do navegador) e arquivos (fotos, vídeos, documentos, áudios).

Primeiramente, saiba que é possível mudar o nome de uma rede e torná-la pública. Isto é, os cibercriminosos podem disponibilizar propositalmente uma rede ao público –– utilizando um nome parecido com o Wi-Fi de um shopping ou praça –– para fisgar as vítimas e depois roubar seus dados. Ou, em um segundo caso, hackear o sistema de uma rede pública (que geralmente possuem baixo nível de segurança, porque ninguém espera que uma rede pública que leva internet às pessoas seja hackeada) e utilizá-la para roubar os dados daqueles que estão conectados.

Na dúvida, o melhor é sempre ter um plano de dados para obter internet fora de casa, pedir ao seu amigo para rotear a rede dele, ou esperar para voltar para casa. Seja como for, nunca se conecte a redes públicas.

5. Use senhas difíceis

Imagem focada nos caracteres especiais de um teclado
cr8tiveshotz/Shutterstock

É clichê dizer que dados sensíveis e óbvios não devem ser utilizados como parte de sua senha, tais como datas de nascimento, número da casa onde mora, dígitos do CPF ou RG, etc. Assim, criar uma senha forte (e que fuja do clichê) é essencial para dificultar a vida dos cibercriminosos e ainda proteger os seus dados e arquivos com mais eficácia.

Por isso, sugerimos que você crie uma senha difícil. Para isso, use letras vogais e consoantes (em caixa alta e baixa), números, e caracteres especiais (&, *, $, %, @, !). Lembre-se de não compartilhar esta informação com ninguém e de jamais repetir qualquer um dos caracteres digitados ou de escrevê-los em sequência (como 54321 ou 12345).

6. Não insira o seu e-mail principal em qualquer lugar

Muitos sites e plataformas exigem que você crie uma conta ou cadastre o seu e-mail para acessar determinado serviço. A não ser que você pretenda utilizar este site ou plataforma todos os dias, nunca utilize o seu e-mail principal. Mas o que fazer, então? Tenha um e-mail reserva, aquele que você só insere em lugares porque precisa do serviço para uma única vez.

E qual o motivo disso? Porque os sites e plataformas são atacados diariamente, e estes ataques vazam os dados obtidos na deep web ou dark web, o que deixa seu e-mail disponível para hackers praticarem phishing. Se você já recebeu algum e-mail e percebeu que era uma tentativa de golpe, é porque ele vazou na internet junto de várias outras informações.

7. Verifique endereços de e-mail com atenção

Imagem mostrando um usuário manuseando o celular e abrindo o app do Gmail
Imagem: Pexels

Sempre que receber um e-mail de qualquer tipo de instituição financeira ou provedora de serviços, verifique o endereço do remetente. Não importa se é uma comunicação de cobrança, envio de boletos, ou apenas divulgação de serviços: clique no remetente e verifique se o endereço é oficial.

Endereços falsos apresentam caracteres especiais e alfanuméricos, além de não terem um registro personalizado. Veja uma clara diferença abaixo:

E-MAIL VERDADEIROE-MAILS FALSOS
[email protected][email protected]
[email protected]
[email protected]

8. Jamais forneça dados sensíveis pela web

Preste atenção aqui: nenhum banco, jamais, vai entrar em contato com você espontaneamente para que seja feito o envio de dados sensíveis. Por isso, se você recebeu uma mensagem solicitando seu endereço, números de cartões, CPF ou dados bancários, tome muito cuidado. No caso de e-mails, basta verificar o endereço do remetente: os golpistas sempre usam endereços com caracteres aleatórios e alfanuméricos, que são perceptivelmente falsos.

O mesmo aviso vale para ligações, chats ou mensagens de texto no celular. Se houver um problema com sua conta bancária ou cartão, você deve procurar o número oficial de atendimento ao cliente da instituição e ligar você mesmo. Banco nenhum vai entrar em contato dizendo que há um problema com seus dados, e isso acontecer, preste atenção no número e pesquise na internet se este número pertence à instituição: o mais seguro é sempre desligar o telefone, e você mesmo fazer a ligação para um número oficial para obter esclarecimentos sobre possíveis problemas.

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