Medicina e Saúde

Qualidade do ar: Brasil vai adotar padrão de medição da OMS

A qualidade do ar no Brasil precisará se adequar aos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo da mudança é garantir a proteção da saúde da população brasileira, bem como reduzir os impactos causados pela poluição ao meio ambiente.

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Maioria da população mundial respira um ar inadequado (Imagem: chayanuphol/Shutterstock)

Normas brasileiras foram consideradas inadequadas

  • De acordo com dados de 2022 da OMS, 99% da população mundial respira níveis insalubres de material particulado fino e dióxido de nitrogênio.
  • Estas substâncias são capazes de causar impactos cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórios.
  • Diante deste cenário, motivado por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal considerou muito permissivos os padrões de qualidade do ar adotados no país.
  • Segundo o entendimento do STF, eles favorecem altos níveis de contaminação atmosférica.
  • Por isso, a entidade determinou a revisão do quadro em 24 meses.
Poluição do ar pode gerar problemas graves de saúde (Imagem: hxdbzxy/Shutterstock)

Novo padrão de medição da qualidade do ar será adota em fases

Após a determinação, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou uma resolução que define as datas em que padrões intermediários de emissão de poluentes serão tolerados até que o padrão de qualidade nacional (seguindo os parâmetros da OMS) entre em vigor.

A primeira etapa ocorrerá até 31 de dezembro de 2024 e as três etapas seguintes estão previstas, respectivamente, para os dias 1º de janeiro dos anos de 2025, 2033 e 2044. A última fase considera a possível antecipação ou prorrogação de até quatro anos e será determinada após a efetivação da quarta etapa.

A nova medição deverá quantificar substâncias como fumaça, monóxido de carbono, partículas suspensas, materiais particulados, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio e chumbo. Para isso ficou estabelecida a unidade de medida padrão serpa micrograma por metro cúbico (µg/m³), com exceção do monóxido de carbono, que deverá ser medido por partes por milhão (ppm).

Após a publicação da resolução no Diário Oficial da União, as autoridades brasilerias terão até 18 meses para atualizar e publicar o Guia Técnico para Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar. O documento determina métodos, periodicidade e localização da coleta de amostras para consolidação dos dados que constarão em relatórios de avaliação da qualidade do ar.

Esta post foi modificado pela última vez em 18 de junho de 2024 10:29

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Publicado por
Alessandro Di Lorenzo