A família dos Ceratops acaba de ganhar um novo membro. Pelo menos é isso o que sustenta um artigo científico publicado na revista PeerJ.

Os fãs de dinossauros sabem que essa nomenclatura tem um significado: grandes animais com chifres! Cerat vem do Latim e significa justamente chifre; já op é face na língua antiga.

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E o Lokiceratops rangiformis entrega isso com louvor: são os maiores chifres já encontrados em um grande réptil.

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O crânio do dinossauro em questão foi descoberto em 2019 por um paleontólogo em terras privadas no norte de Montana, nos Estados Unidos. Foi, então, adquirido pelo Museu da Evolução de Maribo, na Dinamarca.

Foram 5 anos de trabalho. A equipe de pesquisadores inicialmente acreditou estar lidando com os restos mortais de um animal conhecido: o Medusaceratops. Mas à medida que juntavam pedaços do crânio despedaçado, começaram a notar algumas diferenças.

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Como era o Lokiceratops

  • A principal característica que chamou a atenção dos cientistas foram os dois grandes chifres logo acima dos olhos.
  • São grandes, curvados e pontudos.
  • A escolha do nome, aliás, faz referência a essa estrutura: os paleontólogos, que devem adorar a Marvel, disseram que se parece muito com o capacete usado pelo deus nórdico Loki – daí o nome Lokiceratops.
Estreia de Loki é adiantada em dois dias, revela Tom Hiddleston em vídeo. Imagem: Marvel Studios/Divulgação
E não é que o formato dos chifres é mesmo parecido? – Imagem: Marvel Studios/Divulgação
  • Outro ponto que o diferencia das outras espécies desse gênero é o topo do escudo assimétrico, na parte superior do crânio.
  • Além disso, ele não tem um chifre no nariz.
  • Os especialistas afirmam que a nova espécie descoberta era um herbívoro de aproximadamente 5 toneladas.
  • Ele viveu na América do Norte durante o período Cretáceo Superior, há 78 milhões de anos.
  • O Lokiceratops é o quarto Centrosaurine encontrado na região onde hoje fica Montana.
  • Ele pode ser considerado um primo do Triceratops, talvez o mais famoso dinossauro dessa família.

Nem todos apoiam a descoberta

Apesar da publicação do artigo científico, alguns paleontólogos rejeitam a hipótese de que se trata de uma nova espécie. Argumentam que uma tese escrita com base em apenas um exemplar encontrado é frágil.

Sobre as diferenças no crânio e no formato dos chifres, esses mesmos especialistas afirmam que pode ser alguma anomalia genética e não necessariamente um novo tipo de dinossauro.

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Esse é o fóssil original que fica no museu dinamarquês – Imagem: Divulgação/Museum of Evolution in Maribo

Como já aconteceu com outras espécies, deve haver agora uma divisão entre os cientistas que acreditam na teoria A ou na teoria B. É assim com o T-Rex, por exemplo. Encontraram um fóssil menor do rei dos dinossauros. Alguns defendem que era uma nova espécie, mais franzina. Outros, por outro lado, sustentam que se tratava apenas de um Tiranossauro adolescente.

Esse debate já dura décadas. Que comece agora a nova discussão.

As informações são do Science Alert.