O conceito de cidade inteligente ainda não é conhecido pela maioria das pessoas. A ideia principal é conectar soluções tecnológicas às atividades do dia a dia. Tudo para aumentar o bem-estar da população, com foco também no meio ambiente e na sustentabilidade.

Você já viu alguns modelos de cidades inteligentes aqui no Olhar Digital. A mais nova delas está prestes a ser lançada na província de Susono, no Japão.

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A área, de aproximadamente 70 hectares, fica próxima ao Monte Fuji (como mostra a imagem acima). O projeto foi idealizado pela montadora Toyota e será chamado de Woven City.

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O início das operações está previsto para o segundo semestre deste ano. Num primeiro momento, a empresa japonesa deve colocar apenas 2 mil habitantes no local – a grande maioria será de funcionários da Toyota (e os seus familiares).

Mais do que uma cidade inteligente, a Woven City deve funcionar como uma espécie de laboratório vivo. Algo como uma experiência científica, que, se der certo, poderá servir de exemplo para outros lugares – e em maior escala.

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O objetivo é investigar como os habitantes urbanos podem viver em conjunto com veículos autônomos, robôs, energia limpa e a Inteligência Artificial.

Novas tecnologias são partes fundamentais para nascer as cidades inteligentes
Novas tecnologias são partes fundamentais para o nascimento das cidades inteligentes. Imagem: jamesteohart / Shutterstock

Mais detalhes da cidade

  • A proposta da cidade é que todas as pessoas, edifícios e veículos possam se comunicar uns com os outros por meio de dados em tempo real e sensores incorporados.
  • As entregas, por exemplo, devem ser todas feitas por robôs, que poderão ser monitorados pelo smartphone do cliente.
  • Dentro das casas, mais robôs e a IA devem ajudar com tarefas cotidianas, como reabastecer automaticamente a geladeira e retirar o lixo.
  • Em relação à energia, o abastecimento da cidade propriamente dita será a partir de células de hidrogênio.
  • Quase todas as estruturas também devem ter painéis fotovoltaicos, para uso de energia solar.
  • Todos os edifícios também terão sensores para monitoramento 24 horas do estado de saúde dos residentes.
  • Na parte da sustentabilidade, os engenheiros usaram madeira tradicional japonesa, para reduzir o impacto ambiental das obras.
  • Além disso, a ideia é seguir com a característica do país: o Japão é conhecido justamente por aliar a tradição à tecnologia e modernidade.
Projeção mostra como deve ficar uma das ruas da cidade inteligente da Toyota – Imagem: Divulgação/ Toyota

Por que Woven City?

“Woven” em Inglês significa tecido, mas também entrelaçado. E a Toyota quis fazer um jogo de palavras no batismo da sua cidade inteligente.

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Primeiro para fazer referência à história da própria companhia. Para quem não sabe, a Toyota não nasceu uma montadora de carros. Ela era, na verdade, um fabricante de teares automáticos. Isso em 1926. Anos depois é que os executivos viram nos veículos uma oportunidade de crescimento do negócio.

Já a parte do entrelaçado diz respeito à mobilidade da nova cidade japonesa. Uma das grandes inovações do projeto é o seu sistema inteligente de ruas e transportes.

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Gigante japonesa vê nas cidades inteligentes uma nova oportunidade de negócio – Imagem: Tada Images/Shutterstock

A ideia é ter três tipos de vias diferentes: uma para veículos de alta velocidade, uma para veículos de baixa velocidade e uma terceira exclusiva para pedestres.

A primeira via será usada por carros de passeio apenas, podendo ser autônomos ou não. Aqui, os limites de velocidade serão maiores.

Já na segunda via ficarão os veículos de transporte público e as bicicletas. Essa área será mais ampla, para que os dois tipos de transporte não fiquem tão próximos. O limite de velocidade será muito menor por aqui.

Já na terceira via só poderão circular pedestres, evitando que muitas pessoas estejam presentes em locais com grande movimento de veículos – podendo evitar possíveis acidentes.

Vale destacar, por fim, que o projeto prevê que todos os veículos da cidade sejam elétricos, com zero emissão de agentes poluentes.

As informações são do IFL Science.