Tumbas egípcias escavadas em colina surpreendem pesquisadores

As estruturas foram feitas diretamente na rocha e em pelo menos 10 níveis, o que é diferente de todas as outras tumbas da época
Alessandro Di Lorenzo27/06/2024 10h41, atualizada em 28/06/2024 21h01
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Arqueólogos encontraram mais de 30 tumbas egípcias em uma colina localizada em Assuã, uma antiga cidade no Nilo. Os túmulos datam do final do período greco-romano (aproximadamente de 332 a.C. a 395 d.C.).

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Tumba egípcia foi escavada em colina (Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Tumbas foram construídas em vários níveis

  • O que mais surpreendeu os pesquisadores foi o fato das construções terem sido feitas em vários níveis na colina.
  • As estruturas foram feitas diretamente na rocha e em pelo menos 10 níveis.
  • Isso, explicam os especialistas, é diferente de todas as outras tumbas já encontradas no Egito e que datam daquele período.
  • Além dos túmulos, foram encontrados papiros, vasos decorados com desenhos e outros artefatos utilizados como oferendas.
Máscara recuperada em uma das tumbas egípcias (Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Maioria das múmias era de crianças

De acordo com os pesquisadores, as tumbas foram usadas por cerca de 900 anos, entre o século VI a.C. e o século II ou III d.C. Este período inclui o domínio persa (de 525 a 404 a.C.), a dinastia ptolomaica grega e o controle romano da região.

A altura dos túmulos tinha relação com o status social. As elites da época ocupavam os locais no topo do morro, seguidas pelas pessoas de classe média nos estratos mais baixos.

As pesquisas ainda revelaram que 30% a 40% das múmias encontradas ali são de crianças de até 2 anos e recém-nascidos, de acordo com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

Análises de DNA também foram realizadas e apontaram que a anemia e doenças infecciosas eram as causas mais comuns de morte na época, mesmo nos indivíduos mais ricos. Algumas múmias ainda apresentam sinais de tuberculose. Os pesquisadores agora querem ampliar os estudos para entender mais sobre como as doenças afetaram os antigos egípcios.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.