Nesta semana, a China se tornou o primeiro país a conseguir amostras do lado oculto da Lua graças à missão Chang’e 6. A cápsula retornou à Terra com segurança e pousou na Mongólia na terça-feira (25).

O lado oculto da Lua permanecia um mistério que, agora, pode ser desvendado, mas a missão não trouxe tudo de volta ao nosso planeta: o módulo de pouso continua na superfície lunar. O equipamento foi o responsável pela coleta dos materiais que serão estudados e foi desativado.

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Chang’e 6 se tornou a primeira a ir (e voltar) do lado oculto da Lua

  • A Chang’e 6 foi lançada em 3 de maio. A missão consistia em quatro espaçonaves: um orbitador, um módulo de pouso, um veículo de subida e uma cápsula de reentrada;
  • O módulo de pouso foi o primeiro a tocar a superfície do lado oculto da Lua em 1º de junho. Sua tarefa principal era coletar amostras da região, carregá-las no veículo de subida e registrar imagens da missão;
  • Graças ao módulo de pouso, as amostras pousaram na Mongólia com segurança no dia 25. O Olhar Digital reportou a reentrada aqui;
  • Já no dia 26, as primeiras imagens do objeto no solo foram reveladas (veja aqui).

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Animação mostra o módulo de pouso da Chang’e 6 chegando à superfície do lado oculto da Lua (Imagem: Reprodução/Centro de Controle Aeroespacial)

Módulo de pouso morreu no lado oculto da Lua

Só que, ao contrário do veículo de subida e da cápsula, o módulo de pouso não retornou à Terra como parte da missão Chang’e 6. Ele ainda está no lado oculto da Lua – e por lá ficará.

Quem deu mais notícias sobre o destino do equipamento foi a agência espacial francesa CNES, que contribuiu com a carga útil da missão chinesa. Segundo o Space.com, um assessor de imprensa da agência afirmou, via e-mail, que, conforme planejado, o DORN (uma carga útil de detecção de liberação de gás radônio no módulo) foi desligada pouco antes da Chang’e 6 deixar o lado oculto da Lua.

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A decolagem, provavelmente, danificou os equipamentos que sobraram por lá, mas suas respectivas missões já haviam sido concluídas antes do desligamento às vésperas do retorno.

O módulo de pouso da Chang’e 6, no entanto, não tem os aquecedores de radioisótopos necessários para atividades de longo prazo no lado oculto da Lua. Isso significa que o equipamento não conseguirá se manter aquecido para ser usado em outras oportunidades e morrerá.