Imagem: Ivan Moreno sl/Shutterstock
Uma nova análise realizada em esqueletos do antigo Egito revela que os escribas da época trabalhavam em espaços muito apertados e em posições extremamente desconfortáveis. Estas condições resultaram no desenvolvimento de osteoartrite e outros problemas.
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As análises confirmaram que os escribas muitas vezes realizavam tarefas administrativas repetitivas que envolviam sentar-se em certas posições por períodos prolongados de tempo. Os pesquisadores identificaram que os esqueletos apresentavam grandes alterações degenerativas nas articulações.
As áreas mais prejudicadas eram a clavícula direita, o osso do braço direito, onde se conecta com o alvéolo do ombro, a parte inferior do osso da coxa direita, onde se encontra com o joelho, e a vértebra no topo da coluna.
A equipe também notou reentrâncias únicas em ambas as rótulas de cada escriba e uma “superfície achatada em um osso na parte inferior do tornozelo direito”. E detectou um desgaste nas mandíbulas, o que provavelmente foi resultado da mastigação das pontas das hastes para criar utensílios de escrita.
Segundo o estudo, a causa dessas alterações esqueléticas provavelmente se deveu ao fato destes trabalhadores antigos ficarem longos períodos sentados de pernas cruzadas ou ajoelhados sobre as pernas esquerdas com as pernas direitas dobradas para cima com o papiro no colo. Assim como as pessoas de hoje, os escribas se debruçavam enquanto escreviam, o que confirma que a má postura já era um problema na antiguidade.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de julho de 2024 12:58