Imagem: Owlie Productions/Shutterstock
Se no mundo o mercado dos carros elétricos parece ter dado uma desaquecida, no Brasil o caminho é o inverso. As concessionárias nunca venderam tantos eletrificados e híbridos como no primeiro semestre deste ano.
Segundo informa a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), de janeiro a junho de 2024, foram vendidos no país 79.304 unidades do tipo. Isso representa uma alta expressiva de 146% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Quem liderou os números foram os chamados elétricos puros, ou BEVs, de Batery Electric Vehicle. Eles responderam por 39% dos emplacamentos.
Na sequência aparecem os híbridos plug-in, ou PHEVs, de Plug-in Hybrid Electric Vehicle. Eles somaram 29,5% das vendas. Os dois tipos respondem por quase 70% do total.
A previsão da ABVE é bastante otimista para o fechamento do ano também. A associação projeta que 2024 vai terminar com um novo recorde de vendas, superando as 150 mil unidades comercializadas.
Outro percalço diz respeito às discussões na Câmara sobre a inclusão dos elétricos no chamado Imposto Seletivo (IS) da reforma tributária. Sim, os EVs ficariam sujeitos a outro imposto…
O IS, que ficou popularmente conhecido como o “imposto do pecado”, será aplicado sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente – a alíquota ainda não foi definida.
Os parlamentares alegam que, apesar de não emitirem gases, os elétricos poluem de outra forma, com os pneus e o descarte de baterias, por exemplo.
As montadoras, por sua vez, discordam e dizem que a argumentação é rasa e sem sentido. Acrescentam que uma medida como essa vai tirar a possibilidade da classe média adquirir um elétrico, atrasando a renovação da frota nacional.
O tema ainda está em análise de um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados, ou seja, ainda terá um longo caminho para percorrer no Legislativo. Seguimos de olho.
Esta post foi modificado pela última vez em 5 de julho de 2024 10:55