Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock
Pesquisadores do Instituto Wellcome Sanger, da Universidade de Cambridge e do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, identificaram mais de cinco mil mutações genéticas que permitem que o câncer evolua no corpo. A equipe avaliou o impacto na saúde de todas estas possíveis alterações no gene de “proteção tumoral”, BAP1.
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A proteína BAP1 atua como um supressor tumoral no corpo, protegendo contra o câncer. No entanto, algumas variantes podem interromper a proteína e aumentar o risco de uma pessoa desenvolver a doença em até 50%.
A detecção precoce dessas alterações por meio do rastreamento genético pode ser vital para a adoção de medidas preventivas, aumentando a eficácia do tratamento e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, até agora, pouco se sabia sobre as alterações genéticas específicas que deviam ser observadas.
Os pesquisadores testaram 18.108 alterações no DNA do gene BAP1 alterando artificialmente o código genético de células humanas em um processo conhecido como “edição de genoma de saturação”. Eles identificaram que 5.665 dessas alterações foram prejudiciais e interromperam os efeitos protetores da proteína.
A análise confirmou que os indivíduos portadores dessas variantes BAP1 prejudiciais têm 10% mais probabilidade de serem diagnosticados com câncer do que a população em geral. A equipe também descobriu que pessoas com variantes BAP1 prejudiciais têm níveis elevados de IGF-1 no sangue, um hormônio ligado ao crescimento do câncer e ao desenvolvimento do cérebro.
De acordo com os cientistas, até mesmo indivíduos saudáveis apresentaram níveis elevados de IGF-1 no sangue. Isso sugere que este pode ser um caminho a ser estudado para novos tratamentos para retardar ou prevenir certos tipos de câncer.
Esta post foi modificado pela última vez em 8 de julho de 2024 15:39