Um novo trabalho realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, serve como mais um alerta sobre o futuro do nosso planeta (e da humanidade como um todo, claro). A equipe descobriu que mudanças nas correntes marítimas podem levar a uma catástrofe climática.

Fenômeno pode intensificar efeitos das mudanças climáticas

  • Segundo os pesquisadores, estas modificações ocasionariam o enfraquecimento do fluxo das águas oceânicas.
  • Este fenômeno pode aumentar o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera, acelerando o efeito estufa e intensificando as mudanças climáticas.
  • Além disso, a equipe destaca que o processo de alteração nas correntes marítimas causaria um círculo vicioso.
  • Isso porque as modificações nesta circulação estão ligadas às mudanças climáticas, com um evento influenciando o outro.
Pedaço de geleira despencando no mar por conta das mudanças climáticas
Desequilíbrio dos oceanos pode aumentar velocidade de derretimento de geleiras (Imagem: Bernhard Staehli/Shutterstock)

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Oceanos podem liberar mais dióxido de carbono para a atmosfera

Os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts apontam que as correntes marítimas estão cada vez mais lentas. Isso significa que os oceanos pode acabar liberando mais do dióxido de carbono armazenado nas águas profundas.

Eles alertam que estas mudanças afetam o equilíbrio entre ferro, carbono, nutrientes, microorganismos da superfície e um tipo de molécula chamado “ligante”, que se liga às proteínas. O desequilíbrio entre esses elementos pode fazer com que mais dióxido de carbono seja liberado, liberando-o das profundezas para a superfície e dali para a atmosfera.

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Terra seca e rachada; crise hídrica e mudanças climáticas mundiais.
Mudanças nas correntes marítimas podem liberar mais gases de efeito estufa, prejudicando o planeta (Imagem: Piyaset/Shutterstock)

Os pesquisadores explicam que essa maior liberação de CO₂ deixaria o clima ainda mais quente, causando, por exemplo, um aumento no processo de derretimento de geleiras. O estudo foi publicado na revista Nature Communications.

A conclusão da equipe do MIT reforça a necessidade de ampliar os esforços globais para a diminuição das emissões de gases de efeito estudo para reverter as mudanças climáticas que estão em curso no nosso planeta.