(Imagem: Ivan Marc/Shutterstock)
A indústria de carros elétricos da China, considerada a maior do mundo, terá um grande desafio pela frente até o final da década, com muitas montadoras ameaçadas de falência. Pelo menos é o que sugere um estudo recente da consultoria AlixPartners.
O levantamento prevê que apenas 19 das 137 marcas de origem chinesa terão algum lucro até 2030, forçando fechamentos e uma disputa cada vez mais acirrada no segmento.
A rápida ascensão da indústria automobilística chinesa também gerou alarde no Ocidente, com governos acusando a China de prejudicar a concorrência. A União Europeia impôs tarifas de até 38% este mês sobre veículos elétricos chineses, enquanto os EUA anunciaram em maio que iriam quadruplicar as taxas alfandegárias.
A China, por sua vez, acusou os EUA esta semana de implementar políticas “discriminatórias e protecionistas” e negou que suas políticas industriais sejam injustas. As rígidas barreiras comerciais também significam que as marcas chinesas devem atingir apenas 3% de participação de mercado na América do Norte até 2030.
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Ainda assim, a China pode controlar 33% do mercado global de automóveis até 2030, segundo o relatório Global Automotive Outlook publicado em junho. Grande parte desse crescimento virá das vendas fora do país.
O domínio deve ser ainda maior em veículos elétricos, com uma previsão de 45% das vendas globais até o fim da década.
Esta post foi modificado pela última vez em 19 de julho de 2024 14:52