As TVs OLED usam diodos emissores de luz ao invés de cristal líquido, permitindo a iluminação de cada pixel individualmente. O resultado são telas com maior controle de brilho, imagem, cores mais “puras” e contrastantes — e televisores mais caros.

O Olhar Digital já explicou mais sobre a tecnologia aqui. A boa notícia é que pesquisadores coreanos encontraram uma forma de diminuir quase dez vezes o valor de produção em massa atual.

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Imagem mostra uma tela OLED
Tela pode ter ajuste de opacidade para diferentes finalidades (Imagem: KIMM/Reprodução)

Tecnologia vai baratear telas OLED

A tecnologia que promete baratear a produção em massa de telas OLED foi desenvolvida e comercializada por uma equipe do Nano-lithography and Manufacturing Research Center do Instituto Coreano de Máquinas e Materiais.

A invenção é um display Nano Transparent Screen de 100 polegadas.

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Funciona assim:

  • A NTS permite a distribuição uniforme de nanopartículas de dióxido de titânio com um diâmetro de 100 nanômetros. Para se ter ideia, isso é tão fino quanto um fio de cabelo humano;
  • Então, um projetor de feixe de alta resolução projeta imagens no filme, que produz imagens de qualidade que podem ser vistas de ambos os lados da tela (em um ângulo de 170 graus);
  • Ainda, é possível adicionar um filme de cristal líquido disperso em polímero para ajustes na opacidade do fundo. Essa opção é para locais muito claros ou brilhantes.
Imagem mostra uma tela OLED com um home sul coreano do lado
Testes da tela OLED em ambientes externos deram bons resultados (Imagem: KIMM/Reprodução)

Invenção já foi testada

De acordo com o New Atlas, a tecnologia foi testada em ambientes de temperaturas altas e baixas. Os relatos dizem que o desempenho é bom em ambos os casos, podendo suportar climas extremos.

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Entre as aplicações, as novas telas OLED podem ser usadas em displays de lojas, janelas inteligentes e para fins promocionais. Inclusive, uma demonstração aconteceu em um espaço externo de um shopping na cidade de Gongju, na Coreia do Sul, no mês passado.

TVs OLED não foram mencionadas pelos pesquisadores, mas tampouco foram descartadas. Como os painéis podem mostrar conteúdos de vídeo de forma similar aos televisores, essa parece ser uma possibilidade (mas vale lembrar que o dispositivo tem 100 polegadas, então esteja pronto para uma verdadeira tela de cinema em casa).

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Leia mais:

No Brasil, telas OLED não sairiam nada em conta

Com a nova tecnologia, a expectativa dos pesquisadores é que as telas OLED saiam por um décimo do preço atual para a produção em massa.

Eles estimam que uma tela OLED convencional de 100 polegadas custe cerca de 100 milhões de wons sul-coreanos, algo em torno de R$ 403 mil na conversão direta. Há versões mais baratas, mas com uma qualidade menor de resolução que não foi adotada nesta técnica.

Com os displays NTS, os pesquisadores afirmam que as telas OLED produzidas em massa sairiam por 10% do preço. Isso ficaria em R$ 40 mil.

A título de comparação, uma rápida pesquisa no Google revela TVs OLED de 55 polegadas (pouco mais da metade da desenvolvida pelos cientistas) por entre R$ 5,5 mil e R$ 7 mil. Ou seja, para nós a resposta é não, as TVs não ficarão mais baratas.