Um novo segredo sobra a comunicação dos elefantes foi desvendado por Pesquisadores da Universidade de Stanford. Foi descoberto que os machos “cantam” juntos como uma espécie de coro para sinalizar aos outros que é hora de se mover.
O som estrondoso emitido de um elefante para o outro foi encontrado após uma grande análise de sons gravados ao longo de 12 anos (de 2005 a 2017) usando um conjunto de tecnologias, incluindo microfones enterrados no solo para captar sons inaudíveis aos ouvidos humanos.
Como funciona o “canto” dos elefantes?
- Segundo o estudo publicado no periódico PeerJ, quando um grupo de animais está no mesmo local, um elefante macho emite o primeiro som da “melodia”;
- Os outros acompanham a “cantoria” adicionando tons e harmonias próprias, diz a autora principal do estudo, Caitlin O’Connell-Rodwell, pesquisadora do Centro de Biologia da Conservação de Stanford;
- Isso forma uma espécie de harmonia de reação em cadeia viajando pelo grupo até chegar ao último animal;
- A mensagem repassada é entendida como um sinal para seguir em frente após uma pausa para beber água, por exemplo.
O canto, que começa de um elefante macho mais velho, também serve para demostrar a estrutura de poder em um grupo, acrescenta o estudo. Quem inicia o coro é o membro dominante, os outros machos e fêmeas, por sua vez, respondem instantaneamente ao som.
Ficamos surpresos ao descobrir que elefantes machos se envolvem em uma coordenação vocal tão sofisticada para desencadear ações. Esses chamados nos mostram que há muito mais acontecendo em sua comunicação vocal do que se sabia anteriormente.
Caitlin O’Connell-Rodwell, principal autora do estudo
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Vale destacar que as descobertas refletem duas décadas de pesquisa sobre a comunicação dos elefantes. O comportamento foi identificado pela primeira vez em 2004, enquanto Caitlin estudava como os sons dos animais viajavam pelo solo.
“Foi emocionante perceber que os machos estavam usando uma coordenação vocal complexa”, disse a pesquisadora. “Nossas descobertas aumentam nossa compreensão de como eles (os elefantes) usam vocalizações em rituais e coordenação”, finalizou.
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