Uma descoberta de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Unicamp acende um alerta. Eles identificaram a presença de nitazeno em drogas sintéticas, as chamadas drogas K, vendidas em São Paulo.

Opioide causa aumento da adrenalina no corpo

  • De acordo com a equipe responsável pela descoberta, esta substância tem um poder devastador no usuário.
  • Ela é 50 vezes mais forte do que a heroína e de 10 a 20 vezes mais potente do que o fentanil.
  • O uso do nitazeno pode levar a transtornos mentais para quem já tem essa predisposição.
  • Ainda pode servir de gatilho para o início de um quadro de esquizofrenia.
  • O opioide causa aumento da adrenalina no corpo, gerando reações de luta ou fuga.
  • Isso significa uma maior tensão muscular, o que também pode deixar o usuário travado e até mais agressivo.
  • As informações são do G1.
Nitazeno pode provocar reações ainda maiores do que o fentanil (Imagem: Shutterstock/Sonis Photography)

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Origem do nitazeno

A droga surgiu na década de 1950 em pesquisas farmacêuticas. No entanto, por causa da alta potência, nunca foi aprovado para uso na medicina.

Os cientistas sabem pouco sobre os efeitos do opioide no organismo humano. O que já se sabe é que a droga pode tirar a vontade de se movimentar, de comer e até de viver.

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O Departamento de Narcóticos do estado de São Paulo afirmou que as drogas K são manipuladas, principalmente, em países asiáticos e europeus e que, muito provavelmente, o nitazeno já vem adicionado nesses entorpecentes.

Consumo de droga sintéticas tem aumentado no Brasil (Imagem: busliq/Shutterstock)

Até 2020, a quantidade de drogas sintéticas apreendidas pela Polícia Civil do estado não passava de alguns gramas. Em 2021, este número saltou para cerca de 5 quilos. No ano seguinte, 51 quilos. E, em 2023, foram 157 quilos.

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A Secretaria Estadual da Saúde informou que possui um centro especializado em tratar pessoas que enfrentam problemas relacionados ao uso do crack e de outras drogas. Segundo a pasta, a unidade funciona 24 horas por dia e os dependentes químicos passam por triagem e avaliação médica. Se necessário, ficam internados ou são encaminhados para outros serviços de saúde.