Uma startup de aviação suíça encontrou uma forma de aumentar o alcance de voo e a capacidade de carga da sua futura aeronave anfíbia de passageiros, a Hydro Aircraft Zero Emission 100 (ou PHA-ZE 100). Para isso, a JEKTA firmou um acordo com a ZeroAvia, especialista na área de células de combustível.

Segundo o CEO da JEKTA, George Alafinov, a ideia é oferecer para clientes e operadores a escolha de duas fontes de combustível (eletricidade ou hidrogênio) para atender rotas mais longas: “O sistema de hidrogênio oferece uma alternativa viável à energia da bateria e promete um aumento significativo no alcance”, afirmou o executivo no evento Farnborough Airshow, que acontece no Reino Unido.

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Como é o avião anfíbio movido a hidrogênio e eletricidade

  • A aeronave de passageiros possui 10 hélices e motores elétricos de 180 kW cada distribuídos pelas asas montadas no teto;
  • A velocidade de cruzeiro é de até 135 nós (250 km/h);
  • As baterias a bordo são suficientes para voar por 1h. Outros 30 minutos de autonomia ficam reservados para lidar com emergências ou mudanças no plano de voo;
  • A fuselagem possui proteção contra corrosão e a aeronave pode levar até 22 pessoas a bordo (19 passageiros e 3 tripulantes);
  • O interior é feito de materiais sustentáveis, como cortiça, compostos de fibras naturais e couro vegano, diz a JEKTA;
Nova aeronave é movida a hidrogênio ou eletricidade
Vários interiores devem ser testados no projeto, como layouts para classe econômica, executiva e até ambulância aérea. (Imagem: Divulgação/JEKTA)

Agora, as empresas vão trabalhar no desenvolvimento e certificação de um sistema integrado de geração de energia de célula de combustível para a aeronave, incluindo a parte eletrônica, o tanque de hidrogênio e um sistema de combustível. Ainda não foi revelado quando o projeto estará pronto.

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A aeronave está configurada para decolar e pousar em águas costeiras, rios, canais e lagoas, bem como pistas terrestres. O plano inicial era usar apenas bateria para alimentar o avião, mas a adoção do hidrogênio permitirá além de voos mais longos com emissão zero, a capacidade de levar mais carga útil.

As estimativas atuais apontam para um salto de uma tonelada na capacidade de carga e até 600 km de autonomia de voo. A entrega da primeira unidade do PHA-ZE 100 está programada apenas para 2029.