Amostras trazidas do asteroide Bennu pela missão OSIRIS-REx, da NASA, revelaram uma descoberta surpreendente. Pesquisadores descobriram que muitos dos fragmentos recuperados da superfície do asteroide contêm minerais de um mundo oceânico do passado.

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Asteroide Bennu (Imagem: NASA)

Descobertas revelam possível passado do corpo celeste

  • A equipe responsável pelo estudo identificou a presença de fosfato de magnésio e de sódio.
  • Esses minerais podem ser encontrados na crosta oceânica da Terra e são característicos de mundos oceânicos. 
  • Isso significa que o asteroide pode ter se separado de um mundo oceânico primitivo há muito tempo atrás.
  • Pesquisas recentes sugerem que o corpo celeste, hoje classificado como planeta anão, deve ser proveniente de uma grande família associada ao asteroide 142 Polana, de cerca de 55 km de diâmetro.
  • Esses aglomerados de rochas, provavelmente produzidos pela fragmentação catastrófica de um corpo parental maior, geralmente ocorrem em determinadas regiões do cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter. 
  • As famílias de asteroides nada mais são do que evidências palpáveis de que corpos maiores foram destruídos por impactos colossais ao longo das eras.

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Cientistas encontraram evidências de carbono e água em amostras do Bennu (Imagem: NASA)

Importância para entendermos como se deu o surgimento da vida na Terra

Segundo os pesquisadores, o Bennu é um dos asteroides remanescentes daquele período. A descoberta destes materiais é considerada fundamental para desvendar os processos iniciais de hidratação dos primeiros mundos formados no sistema solar.

Mas também pode fornecer pistas sobre as propriedades catalíticas dos compostos orgânicos que os minerais imaculados que formam essas rochas podem ter contribuído para o surgimento da vida na Terra.

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Além disso, a análise das rochas coletadas da superfície do asteroide Bennu nos lembra da importância de desenvolver esse tipo de missão de retorno de amostras, sem esperar que elas cheguem ao nosso planeta por conta própria.

Especialmente porque alguns dos minerais que elas contêm podem não sobreviver aos milhões de anos que a rocha teria de passar no espaço antes de chegar ao nosso planeta. As informações são do G1.