O governo da Índia está monitorando a situação no estado de Kerela após a morte de um adolescente de 14 anos pelo Nipah. O vírus zoonótico transmitido de animais para humanos faz parte da lista de prioridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é considerado com um potencial causador de epidemias.

Não existe vacina ou tratamento contra o vírus

Segundo o governo indiano, outras 60 pessoas podem ter sido infectadas e estão sendo monitoradas. Não existe vacina ou um tratamento específico contra o vírus.

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Para os doentes, o protocolo é controlar os sintomas. Alguns antivirais foram usados como suporte nos surtos, mas ainda não há estudos que comprovem a eficácia deles.

Vírus Nipah pode ser mortal (Imagem: Jarun Ontakrai/Shutterstock)

O Nipah é transmitido por morcegos, mas também existe a possibilidade de transmissão por alimentos contaminados ou diretamente entre pessoas. A infecção pode causar síndromes respiratórias agudas e até encefalites (inflamações no cérebro) mortais.

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Alguns dos sintomas da doença são: alteração do nível de consciência; convulsão; febre; dor de cabeça; náuseas e vômitos; e quadros de pneumonia.

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Doença é transmitida pelo contato com animais infectados (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

Transmissão entre humanos já foi relatada

  • O vírus foi identificado pela primeira vez durante um surto de 1998-1999 na Malásia.
  • Quase 300 pessoas foram infectadas e mais de 100 morreram.
  • Mais de um milhão de porcos foram sacrificados para impedir a sua propagação.
  • O vírus recebeu o nome da aldeia de Kampung Sungai Nipah, na Malásia, onde os criadores de porcos contraíram a doença.
  • Durante esse surto, a maioria das infecções humanas resultou do contacto direto com animais doentes ou dos seus tecidos contaminados, segundo a OMS.
  • A transmissão entre humanos do vírus Nipah também foi relatada.
  • Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 2001 e 2008, cerca de metade dos casos notificados em Bangladesh foram devidos à transmissão entre humanos resultante de trabalhadores que prestavam cuidados a pacientes infectados.