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Nesta terça-feira (23), o Google divulgou seu balanço financeiro do segundo trimestre. O destaque é que, enquanto os investimentos em inteligência artificial (IA) da empresa dispararam, suas vendas de publicidade desaceleraram. Essa é a principal receita da empresa.
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Segundo a Alphabet, o Google gerou US$ 64,6 bilhões (R$ 360,96 bilhões, na conversão direta) com comercialização de anúncios no período, representando 11,% de aumento ante o segundo trimestre de 2023. Todavia, quando comparado ao período entre janeiro e março deste ano, houve recuo de 2%.
Para piorar, segundo o The Wall Street Journal, as ações da Alphabet caíram 1,4% nesta terça-feira (23) após a diretora financeira do Google, Ruth Porat, apontar que as margens operacionais da empresa no próximo trimestre serão reduzidas por investimentos em infraestrutura técnica e pelo custo para lançar novos dispositivos, tais como o Google Pixel.
Investimentos em IA pelo Google disparam
- A onda avassaladora da IA no mundo todo fez com que big techs e startups investissem pesado na tecnologia e em infraestruturas de nuvem poderosas o bastante para aguentá-la, e o Google não ficou longe;
- Nesse sentido, as despesas da Alphabet foram de US$ 13,2 bilhões (R$ 73,75 bilhões) no segundo trimestre, aumento de 91,4% ante 2023;
- Porat também afirmou que a companhia deve gastar ao menos US$ 12 bilhões (R$ 67,05 bilhões) trimestralmente em despesas de capital até o fim de 2024.
Sundar Pichai, CEO do Google, afirmou, em teleconferência com analistas, que, “quando você passa por uma curva como essa, o risco de subinvestimento é dramaticamente maior do que o risco de superinvestimento”.
Já a receita total da controladora da gigante das pesquisas subiu 13,5%, indo para US$ 84,7 bilhões (R$ 473,27 bilhões), desaceleração ante a taxa de crescimento do primeiro trimestre.
Quanto ao lucro líquido, a empresa alega ter obtido US$ 23,6 bilhões (R$ 131,86 bilhões), representando aumento de 28,6% quando comparado ao mesmo período em 2023.
Segundo o Journal, especialistas de Wall Street tinham a expectativa de que a Alphabet obtivesse receita de US$ 84,2 bilhões (R$ 470,48 bilhões) e lucro líquido de US$ 22,9 bilhões (R$ 127,95 bilhões).
Nessa linha, vale lembrar que o Google não conseguiu comprar a startup de segurança cibernética Wiz. A informação foi divulgada na segunda-feira (22).
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Caso a aquisição tivesse sido confirmada, seria a maior da história da empresa (US$ 128,51 bilhões) e daria um grande impulso para a companhia chegar no patamar de Amazon e Microsoft quando se trata de serviços na nuvem.
O segundo trimestre da empresa, porém, foi bom em outro sentido: seu negócio de nuvem. O quase acordo com a Wiz fez com que o setor tivesse ligeiro crescimento, chegando a 28,9% anualmente, registrando US$ 10,3 bilhões (R$ 57,55 bilhões).
Também na segunda-feira (22), o Google comunicou que não vai remover o rastreamento via cookies do Google Chrome.
YouTube
Quando falamos do YouTube, os números também não foram dos melhores. O streaming da gigante das pesquisas sofreu desaceleração no crescimento, faturando US$ 8,7 bilhões (R$ 48,61 bilhões), aumento de 13% ante o mesmo período no ano passado.
Porat disse que a Alphabet fez novo investimento multianual na empresa de tecnologia para carros autônomos Waymo no valor de US$ 5 bilhões (R$ 27,93 bilhões). A diretora financeira do Google indicou que o valor é consistente com aportes anteriores que a Alphabet realizou na subsidiária.
Sobre dividendos, a Alphabet informou que vai pagar US$ 0,20 (R$ 1,12) por ação em dividendos em setembro, repetindo o que foi feito no trimestre passado.
Apesar da oscilação nos papéis da companhia durante o pregão desta terça-feira (23), eles fecharam a US$ 183,60 (R$ 1.025,90) cada, representando leve queda. O fechamento foi antes da divulgação dos resultados.
Porém, no ano, as ações da Alphabet cresceram mais de 30% por conta do renovado otimismo acerca da durabilidade do negócio principal do Google, bem como por conta do impacto dos esforços relacionados ao corte de custos na corporação.
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