A polícia prendeu um homem na Zona Sul de São Paulo e apreendeu o chamado “carro do golpe”. O veículo é equipado com um computador e uma antena que enviavam mensagens SMS com falsos anúncios de bancos para celulares de motoristas e passageiros parados em congestionamentos da capital paulista.

Entenda como funcionava o golpe

  • De acordo com a polícia, as pessoas que clicavam nos links eram direcionadas para uma página onde preenchiam dados pessoais e bancários.
  • Depois de finalizado este “cadastro”, o dinheiro sumia das contas bancárias das vítimas.
  • Os bandidos conseguiam roubar os valores usando as senhas repassadas pelos próprios donos das contas.
  • O dinheiro era transferido para contas de “laranjas”.
  • As informações são do G1.
“Carro do golpe” foi apreendido pela polícia (Imagem: divulgação/SSP-SP)

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Jeep Renegade era usada no esquema criminoso

Everton Nascimento de Oliveira, de 22 anos, confessou que recebia R$ 1 mil por semana dos criminosos para dirigir o chamado “carro do golpe”. Ele foi indiciado por associação criminosa, invasão de dispositivo informático, uso clandestino de sistema de telecomunicação e corrupção de menor de 18 anos. Como não tinha carteira de motorista, o homem também vai responder por dirigir veículo sem habilitação.

O trajeto do golpe percorria bairros nobres em diversas regiões da cidade de São Paulo, como Jardins (no Centro), Itaim Bibi (na Zona Sul), Pinheiros (Zona Oeste), Tatuapé (e Zona Leste). Os bandidos alugaram um Jeep Renegade branco para que Everton circulasse em vias congestionadas.

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O motorista deveria se aproximar a cerca de cinco metros de outros veículos parados. Dessa maneira, a antena no porta-malas conseguia rastrear celulares próximos. A partir daí, o computador que ficava no banco de trás do carro era acionado e disparava mensagens em massa para os telefones.

Golpe SMS
Criminosos enviavam mensagens de SMS com anúncios falsos (Imagem: Backcountry Media/Shutterstock)

Por SMS, as vítimas recebiam textos imitando bancos nacionais conhecidos, informando que os clientes precisavam acessar um link para resgatar um dinheiro. Quem clicava, caia em outra página onde o falso banco pedia que a pessoa respondesse algumas perguntas e digitasse a senha para confirmar a informação.

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A polícia agora tenta localizar todas as vítimas para que elas prestem queixa na delegacia. A investigação trabalha com a possibilidade de que ao menos 100 pessoas tenham sido lesadas em um mês.

A investigação também tenta identificar quem sãos os outros membros da quadrilha. Segundo a polícia, a namorada do homem preso, uma adolescente, supostamente ajudava a movimentar o dinheiro das vítimas.