Recordes de calor seguidos foram registrados no início desta semana, revelam dados alarmantes divulgados por agência especializada da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo a OMM (Organização Meteorológica Mundial), os três dias mais quentes da história da humanidade começaram no último domingo (21).

O dia mais quente de todos foi na segunda-feira (22), quando a média de temperatura global alcançou a marca de 17,16 °C — para efeito de comparação, o recorde anterior foi documentado em 6 de julho de 2023: 17,08 °C.

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Recordes consecutivos de calor

  • O recorde de 2023 foi quebrado no domingo (21), com média de 17,09 °C;
  • A tendência continuou na terça-feira (23), com média de 17,15 °C;
  • As medições são de uma das bases de dados da OMM que monitora o clima mundial;
  • Resultado é visto como motivo de alerta.
Mulher secando suor com lenço em dia de calor extremo.
Dia mais quente foi na segunda-feira (22), quando a média de temperatura do planeta alcançou 17,16 °C. (Imagem: Pheelings media / Shutterstock)

Nesta quinta-feira (25), o secretário-geral da ONU, António Guterres, falou mais sobre o assunto e ressaltou a urgência na luta mundial contra o que chamou de “epidemia de calor extremo”. Guterres pediu mais esforço dos líderes governamentais contra o problema que afeta bilhões de pessoas “com temperaturas ultrapassando 50 graus Celsius”.

“Bilhões de pessoas estão enfrentando uma epidemia de calor extremo, desfalecendo sob ondas de calor cada vez mais mortais”, afirmou. O líder das Nações Unidas destacou ainda os impactos negativos do calor na saúde, com “pico de hospitalizações e mortes”.

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Secretário-geral da ONU, António Guterres pede urgência na luta mundial contra”epidemia de calor extremo”. (Imagem: Monika Wisniewska / Shutterstock)

“Além dos três novos recordes diários de temperatura global desta semana, temos visto recordes de temperatura mensal por 13 meses consecutivos”, comentou também Celeste Paulo, secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial — segundo dados do observatório Copernicus, junho de 2024 foi mais quente história, com média de 16,66 °C.

O resultado é quase 1,5°C acima da registrada no período pré-industrial, no limite de aquecimento estabelecido pela comunidade internacional no Acordo de Paris.

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Leia mais:

Calor mata meio milhão por ano

  • Estima-se que o calor tenha ligação com quase 500 mil mortes por ano no mundo;
  • A situação é ainda mais crítica entre os idosos (65 anos ou mais);
  • Segundo o secretário-geral da ONU, as mortes por altas temperaturas aumentaram 85% nas últimas duas décadas.