Duas chuvas de meteoros atingem o pico essa semana no mesmo dia – saiba como assistir

O fim de julho e o mês de agosto conta com chuvas de meteoros incríveis; nesta semana temos a Alfa Capricornídeas e a Delta Aquáridas
Por Lucas Soares, editado por Ronnie Mancuzo 28/07/2024 11h41, atualizada em 29/07/2024 20h49
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Estamos em um período incrível para observar chuvas de meteoros. Este ano, em especial, teremos dois picos coincidindo no mesmo dia. 31 de julho será o auge da Alfa Capricornídeas e da Delta Aquáridas.

Essa época do ano é tradicionalmente o período de maior incidência de estrelas cadentes. A Delta Aquáridas do Sul e a Alfa Capricornídeos recebem essas denominações devido a seus radiantes. Enquanto a primeira costuma surgir na direção da constelação de aquário, a segunda está associada à constelação de capricórnio.

Como ver a Alfa Capricornídeas?

A atividade da Alfa Capricornídeas ocorre de 3 de julho a 15 de agosto com uma máxima em 31 de julho. Não é uma chuva de meteoros muito intensa e raramente produz mais de cinco meteoros por hora. Entretanto, ela é notável por produzir meteoros explosivos e algumas bolas de fogo durante seu período de atividade.  Aqui no Hemisfério Sul, o radiante estará no céu do nascer do Sol até o amanhecer, e atingirá o ponto mais alto à meia-noite. 

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Os alfa capricornídeos, como são chamados os meteoros dessa chuva, são formados pelo impacto na atmosfera da Terra dos detritos deixados pelo Cometa 169P/NEAT, um cometa de curto período, baixa atividade e que provavelmente um pedaço de um cometa maior fragmentado cerca de 2.900 anos atrás.

Alfa Capricornídeas costuma gerar meteoros explosivos. Foto: Wally Pacholka

Como ver a Delta Aquáridas

Já a Delta Aquáridas do Sul é uma das chuvas de meteoros mais ativas do ano, melhor vista nas regiões tropicais do Hemisfério Sul. Sua atividade ocorre entre 12 de julho e 23 de agosto, e pode gerar até 16 meteoros na madrugada de 31 de julho, mas com boa taxa para as noites anterior e posterior à máxima. Os meteoros dessa chuva são geralmente meteoros fracos que não apresentam trilhas persistentes nem bolas de fogo.

Cometa 96P/Machholz é provavelmente o “pai” da Delta Aquáridas do Sul. Foto: STEREO-A/NASA

O nome vem de Aquarius (o Portador de Água) que é retratado como alguém carregando descuidadamente um pote de água, de modo que a água parece estar derramando. O jarro de água é marcado por um pequeno triângulo de estrelas fracas, com uma quarta estrela em seu centro.

Os meteoros dessa chuva são chamados de delta aquarídeos do sul e provavelmente são formados por detritos do cometa 96P/Machholz, um cometa sungrazer (que passa “raspando” o Sol) de curto período, que a cada 6 anos passa a apenas 18,6 milhões de quilômetros do Sol.

Mês forte para as chuvas de meteoros

Lembrando que para conseguir visualizar sem a ajuda de equipamentos é preciso estar em uma área sem luzes urbanas e também contar com o céu limpo de nuvens. Para se guiar, aplicativos como o Star Walk ou o Sky Safari (Android) podem te ajudar a encontrar o lado certo para olhar a partir da sua localização.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.