O braço de ferro entre o TikTok e o governo dos Estados Unidos continua. Agora, a Casa Branca acusa a rede social de ter armazenado na China dados sensíveis de usuários norte-americanos. Entre eles estariam opiniões sobre temas sensíveis, caso do aborto.

Ameaça à segurança nacional do país

O Departamento de Justiça dos EUA apresentou a acusação a um tribunal do país. Ao mesmo tempo, o órgão quer que seja negada a contestação feita em maio deste ano pela ByteDance, controladora do TikTok, e um grupo de criadores de conteúdo da plataforma contra a lei que determina a venda do aplicativo ou seu banimento nos Estados Unidos.

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Procuradores da Casa Branca alegam que a rede social usou um sistema interno chamado Lark para permitir que os funcionários do app falassem diretamente com os engenheiros da sua controladora na China. Ainda de acordo com a acusação, esse canal foi utilizado para enviar dados confidenciais de usuários dos EUA.

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EUA apresentaram nova denúncia contra o TikTok e a ByteDance (Imagem: shutterstock/Ascannio)

A partir do conteúdo publicado no aplicativo, seria possível ter acesso a opiniões dos usuários sobre diferentes assuntos, incluindo religião, aborto ou controle de armas. Estas informações, então, teriam sido armazenadas em servidores chineses, ficando acessíveis à equipe da ByteDance na China.

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O governo dos Estados Unidos alega que o acesso a estes dados sensíveis pelo regime de outro país, no caso o de Xi Jinping, é uma ameaça à segurança nacional norte-americana. As informações são de O Globo.

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Rede social pode ser banida nos EUA (Imagem: salarko/Shutterstock)

TikTok enfrenta pressão nos EUA

  • No final de abril deste ano, foi aprovada pela Câmara dos Representantes e pelo Senado dos EUA, e sancionada pelo presidente Joe Biden, uma lei que prevê a proibição do TikTok no país a menos que a ByteDance venda a rede social para donos norte-americanos.
  • O prazo para que esta negociação ocorra é de 270 dias, prorrogáveis por mais 90.
  • Se isso não acontecer, a rede social será banida nos Estados Unidos.
  • A principal preocupação é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que é usada por 170 milhões de norte-americanos.
  • A Casa Branca afirma que essas informações seriam enviadas para o governo da China.
  • A empresa chinesa e até o mesmo o governo do país asiático contestam estas alegações e dizem que os EUA não encontraram evidências de que a rede social represente de fato um risco para a segurança nacional, mas mesmo assim continuam perseguindo a empresa.
  • Também acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.