A Ocean Energy, uma empresa especializada em hidrocinética marinha, implantou um dispositivo de energia de ondas em escala de rede no local de testes da Marinha dos EUA no Havaí. O gerador seria o primeiro dispositivo que transforma a pressão das ondas do mar em escala de rede elétrica do mundo.

A boia conversora de energia das ondas de 826 toneladas, a OE-35, foi implantada na ilha havaiana de Oahu.

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Segundo a empresa, a estrutura mede 38m por 18m e tem uma capacidade potencial de até 1,25 megawatts na produção de energia elétrica.

“Após mais de uma década e meia de projeto, muitos testes e construção, estamos entusiasmados por finalmente podermos dar este grande passo em direção à comercialização de nosso dispositivo OE-35 de classe mundial”, disse o Tony Lewis, diretor de tecnologia da Ocean Energy.

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“Este projeto de importância internacional não poderia ser lançado num momento mais crítico para os EUA e a Irlanda, uma vez que o mundo precisa de acelerar o ritmo da descarbonização com tecnologias novas e inovadoras”, completa Lewis.

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Dispositivo chamado de OE-35 levou mais de uma década para ser desenvolvido – Imagem: Divulgação/Ocean Energy

Como a pressão das ondas gera energia

  • O maior dispositivo flutuante de energia das ondas do mundo incorpora um volume de ar retido, com a parte inferior aberta para o mar.
  • As pressões das ondas na abertura submersa fazem com que a água oscile e conduza o ar preso mediante uma turbina para gerar eletricidade.
  • Essa energia pode ser exportada para a rede presente no dispositivo.

O dispositivo também é considerado robusto o suficiente para suportar as enormes forças que as ondas podem exercer, juntamente com o efeito corrosivo da água salgada nas peças móveis.

As únicas partes móveis do dispositivo ficam bem acima das ondas, tornando-as muito menos propensas a danos e corrosão.

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A resposta dinâmica do dispositivo em ondas grandes resulta na redução das forças de amarração, aumentando assim a capacidade de sobrevivência inerente.

Além disso, o OE35 pode gerar eletricidade não apenas quando as ondas batem nele, mas também quando elas recuam, graças a um componente conhecido como turbina Wells. Conforme a onda comprime o ar em três câmaras dentro da boia, a turbina gira.