Brasileiro de 7 anos descobre asteroide na órbita de Marte

O asteroide descoberto na órbita de Marte pelo pequeno Arthur Ruiz, astrônomo amador mirim brasileiro, pode levar seu nome
Por Flavia Correia, editado por Lucas Soares 02/08/2024 16h26
asteroide-marte-1920x1080
Representação artística de um asteroide na órbita de Marte. Créditos: Fordelse Stock (Marte); Yes058 Montree Nanta (asteroide) / Shutterstock. Edição: Olhar Digital
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Arthur Ruiz, um garoto de 7 anos morador de Ourinhos, São Paulo, descobriu um asteroide na órbita de Marte que, em milhões de anos, pode passar próximo ou até colidir com a Terra

O pequeno é membro da equipe Theta Mensae da Associação Mensa Brasil, que reúne pessoas superdotadas, e participou da análise de imagens enviadas pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC – Programa de Colaboração de Pesquisa Astronômica Internacional, em tradução livre) / NASA, capturadas pelos telescópios PANSTARRS 1 e 2, no Havaí.

De acordo com uma reportagem do jornal O Globo, Arthur começou a mostrar interesse por astronomia aos 2 anos. Aos seis, foi avaliado como superdotado, com um QI de 150. Além da astronomia, ele se destaca no aprendizado de língua portuguesa e matemática.

Arthur Ruiz descobriu um asteroide na órbita de Marte. Crédito: Arquivo pessoal

Asteroide pode ser batizado de “Arthur”

Ele faz parte de uma equipe de jovens cientistas composta por Bernardo Leitão (7 anos), Benício Zenha (6 anos), Alexandre Franchini Woo (8 anos), Paulo Augusto Tomadon (8 anos) e Vitor Sena Ramos (9 anos). Sob a coordenação de Maria Beatriz de Andrade, do programa Caça Asteroides da Mensa Brasil, Arthur teve a honra de fazer a observação inicial do asteroide, garantindo o direito de nomeá-lo.

“Descobrir algo importante me deixa motivado a aprender cada vez mais sobre o espaço. Quero ser astrônomo ou astrofísico quando crescer e nomear o asteroide de ‘Arthur’, porque fui o primeiro a detectá-lo”, declarou o garoto.

O anúncio de que Arthur poderá batizar o asteroide foi feito durante uma live promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a participação de Patrick Miller, fundador e diretor do IASC/Nasa. 

Leia mais:

O Programa Caça Asteroides é uma iniciativa conjunta do MCTI e do IASC/Nasa, com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Observatório Nacional (ON). O projeto permite que pessoas comuns, como Arthur e seus colegas, participem ativamente na análise de corpos celestes.

A descoberta das crianças foi recentemente oficializada e publicada nos sites do Minor Planet Center (Harvard/Smithsonian) e da NASA Astrophysics Data System. O asteroide recebeu uma designação provisória da União Astronômica Internacional (IAU) de “2024 JB 29”. O objeto passará por um período de análise de três a cinco anos para que sua órbita seja traçada e outras medições sejam feitas. Após esse período, o nome proposto por Arthur será submetido à análise da IAU.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.