Recentemente, o Telescópio Espacial Hubble capturou recentemente uma imagem impressionante da galáxia NGC 3430, uma espiral clássica situada a 100 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Leão Menor. 

A galáxia se destaca por seus braços espirais repletos de gás e poeira, que se curvam ao redor de um centro brilhante. Pontos azuis espalhados ao longo desses braços revelam regiões de intensa formação estelar, enquanto manchas alaranjadas na parte superior e inferior da imagem indicam a presença de galáxias distantes em segundo plano.

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Além da NGC 3430, outras galáxias vizinhas se encontram próximas, embora fora do quadro da imagem. Uma dessas galáxias, em particular, exerce uma influência gravitacional suficiente para desencadear a formação de novas estrelas dentro da NGC 3430, conforme relatado pela NASA.

Apesar de tanto a NGC 3430 quanto a Via Láctea serem galáxias espirais, há uma diferença crucial entre elas. Nossa galáxia é classificada como uma espiral barrada, caracterizada por uma barra densa de estrelas antigas que atravessa seu centro. Em contrapartida, a NGC 3430 é uma espiral “clássica”, sem essa barra central, mas com braços espirais bem definidos.

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A classificação das galáxias – espirais, barradas, lenticulares, elípticas e irregulares – foi estabelecida no início do século XX, quando os estudos galácticos ainda estavam em desenvolvimento. A distinta forma espiral da NGC 3430 pode ter influenciado o famoso astrônomo Edwin Hubble em sua categorização de galáxias. Em 1916, ele agrupou cerca de 400 galáxias com base em sua aparência, criando um esquema de classificação que ainda é utilizado atualmente.

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Hubble opera com apenas um dos giroscópios funcionando

Pesquisas realizadas no final da década de 1990 indicam que a NGC 3430 exibe sinais de interações gravitacionais com uma galáxia próxima, a NGC 3424, o que reforça sua complexidade e beleza.

O Hubble, desde seu lançamento em 1990, tem orbitado a cerca de 515 km acima da Terra, capturando imagens como essa por mais de três décadas. Recentemente, a vida útil do telescópio foi estendida, apesar de falhas em alguns de seus giroscópios. A NASA está explorando maneiras de manter o Hubble em operação dentro das restrições orçamentárias, o que inclui a possibilidade de reduzir o número de modos de instrumentos disponíveis.

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Diante da possibilidade de futuras limitações operacionais, as imagens espetaculares do Universo, como esta da NGC 3430, tornam-se ainda mais valiosas, enquanto o Hubble continua a nos presentear com visões únicas do cosmos.