Embora as estações de recarga raramente usem fontes renováveis de energia, há muitos motivos relacionados ao clima e à ecologia que tendem a favorecer os veículos elétricos. Dito isso, escolher entre um carro elétrico ou a gasolina pode ser uma decisão complicada, sendo que um dos principais fatores geralmente é o custo-benefício dos carros elétricos.

Embora essa seja uma questão complicada que tem tomado espaço nas considerações de compradores há anos, na maioria dos casos, um veículo elétrico será de fato mais barato no longo prazo – mas isso depende, em grande parte, de onde você mora.

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Carros elétricos têm bom custo-benefício?

Como os veículos elétricos são uma tecnologia relativamente nova, é compreensível que haja muitas perguntas dos consumidores em relação a eles: Os carros elétricos têm bom custo-benefício? Há muito o que considerar ao ponderar o custo de operação de um carro elétrico em relação a um carro a gasolina.

Ademais, apesar das perspectivas de crescimento, há vários desafios enfrentados pelo segmento de veículos elétricos, aspecto que aumenta a comparação com carros a combustível. Assim, é preciso considerar vários aspectos antes de comprar um veículo elétrico, como sua prioridade de gastos.

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Estação de carregamento para carros elétricos via Ernest Ojeh/Unsplash
Estação de carregamento para carros elétricos via Ernest Ojeh/Unsplash

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Manutenção

Em comparação aos veículos a combustão, os gastos com manutenção costumam ser menores. Isso ocorre, pois os carros elétricos não exigem troca de óleo e não possuem velas de ignição nem silenciadores que necessitem de substituições regulares. Por outro lado, os pneus de veículos elétricos são especiais e têm menor durabilidade, e o desgaste intenso por conta do peso da bateria implica na troca regular da parte. 

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Dito isto, acessibilidade a manutenção e outros aspectos têm grande peso no custo de um veículo. Por exemplo, nas regiões em que este tipo de carro ainda não tem tanta popularidade, o preço de peças e consertos pode ser maior. 

Além disso, a maioria dos componentes de carros elétricos são importados, visto que não são produzidos no Brasil, encarecendo o processo. Ainda assim, à medida que as baterias se tornem mais baratas e as redes e pontos de carregamento cheguem a mais regiões, a adoção dos carros elétricos será mais viável do que é atualmente.

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Carro elétrico
Imagem: Owlie Productions/Shutterstock

Bateria

Os carros elétricos ainda são relativamente novos nas estradas e ruas do mundo, por esse motivo, é complicado afirmar com precisão por quanto tempo as baterias serão eficazes. No entanto, de maneira geral, a perda de eficiência ocorre de forma gradual e lenta – e existem maneiras de prolongar sua autonomia e vida útil.

Felizmente, de acordo com a Recurrent, a probabilidade de uma bateria se deteriorar a tal ponto que necessite de substituição é inferior a 1% para carros elétricos produzidos a partir de 2016.

Desvalorização

De fato, carros elétricos e híbridos desvalorizam mais rapidamente do que um carro a combustão. Segundo uma pesquisa da plataforma InstaCarro, apenas no primeiro trimestre de 2024, o número de anúncios de venda de veículos elétricos e híbridos foi três vezes maior que no mesmo período em 2023. 

Além disso, esses carros vêm sendo vendidos até 30% abaixo do valor da Tabela Fipe, e 16% abaixo do que carros a combustão. Felizmente, existem indícios de que os preços dos carros elétricos de segunda mão estão começando a se estabilizar. Deste modo, os modelos mais recentes, equipados com baterias de maior autonomia, têm preservado seu valor.

Imagem: buffaloboy/Shutterstock

Energia vs Combustível

Um estudo de 2020, feito pela Consumer Reports (EUA), mostrou que os motoristas de veículos elétricos tendem a gastar cerca de 60% menos por ano em custos de combustível em comparação com os motoristas de carros movidos a gasolina. Entretanto, esta pesquisa não foi feita no Brasil, ou seja, os valores percentuais sobre petróleo e energia podem diferir um pouco. Além disso, essa comparação depende da flutuação dos preços da gasolina e das tarifas locais de eletricidade – e, claro, depende do modelo do veículo.