O Twitter, hoje conhecido como X, foi condenado a pagar uma multa recorde de mais de € 550.000 (cerca de R$ 3 milhões) a Gary Rooney, um ex-funcionário sênior da sede da empresa na Irlanda, por demissão injusta. As informações são do The Guardian.

Rooney foi dispensado após não responder a um e-mail de Elon Musk, que havia adquirido o Twitter por US$ 44 bilhões (R$ 227 bilhões) em outubro de 2022 e renomeado a plataforma para X no ano seguinte.

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No e-mail, Musk convocava os funcionários a serem “extremamente hardcore”, sugerindo que trabalhassem longas horas com alta intensidade.

Ele pediu aos funcionários que clicassem em um link para confirmar sua disposição a seguir essas novas diretrizes e ofereceu três meses de indenização para aqueles que optassem por não aceitar.

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Funcionário foi demitido do Twitter abruptamente

  • Rooney não clicou no link e recebeu um segundo e-mail informando que sua demissão estava confirmada e que seu acesso aos sistemas do Twitter havia sido desativado.
  • Ele trabalhava na empresa desde 2013, e alegou que não havia indicado sua intenção de se demitir e que não recebeu nenhum acordo formal de separação.
  • Durante a audiência em Dublin, Rooney disse que estava satisfeito com seu trabalho antes da aquisição e que estava perturbado com o e-mail de Musk, temendo que fosse spam ou malware.
elon musk x
Elon Musk teria pedido a funcionários do X, na época ainda chamado de Twitter, para trabalhar por longas horas – Imagem: kovop/Shutterstock

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A Comissão de Relações de Trabalho da Irlanda (WRC) concluiu que o aviso de 24 horas para a demissão foi inadequado e a demissão foi injusta. A indenização inclui € 350 mil por remuneração perdida de janeiro de 2023 a maio de 2024 e € 200 mil por remuneração futura estimada.

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O advogado de Rooney, Barry Kenny, comentou que a decisão reflete a seriedade do caso e a inadequação do tratamento dado aos funcionários. O Twitter, hoje chamado de X, não fez um comentário imediato sobre a decisão.

O Twitter sofreu algumas mudanças após Elon Musk adquirir a rede social, em 2022 – Imagem: Shutterstock/Omar ElDeraa