Hackers ligados ao Irã não têm lado quando o assunto é as eleições presidenciais dos EUA. Isso porque campanhas de phishing investigadas pelo FBI miram tanto aliados do ex-presidente Donald Trump quanto da atual vice-presidente Kamala Harris, candidatos na corrida de 2024.

O jornal Washington Post identificou um dos alvos dessas campanhas de phishing: Susie Wiles, conselheira sênior de Trump, candidato pelo lado republicano. Roger Stone, conselheiro informal do ex-presidente, também foi vítima de e-mails de phishing disparados pelos hackers iranianos.

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Os hackers também direcionaram suas investidas a assessores das campanhas do atual presidente, Joe Biden (antes da sua desistência da corrida eleitoral), e de Kamala, atual candidata pelo lado democrata.

EUA não está tão preocupado com hackers do Irã, mas sim com os da China e da Rússia

No quesito ataques cibernéticos, o Irã não é considerado como grande ameaça pelos EUA. Na verdade, estadunidenses se preocuparam com países como China e Rússia.

Segundo o Washington Post, autoridades estão preocupadas que outros países também tenham lançado ataques, só que esses sejam mais sofisticados a ponto de não serem detectados facilmente.

hacker em frente a um computador
EUA tem receio que hackers de outros países tenham lançado ataques mais sofisticados que os do Irã (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E/Olhar Digital)

Em junho, agentes federais trabalharam com a Microsoft e o Google quando começaram a investigar e-mails de phishing que as equipes dos candidatos à presidência tinham recebido.

Nesta semana, o Google afirmou que o Irã estaria realizando uma operação de hacking voltada às campanhas dos presidenciáveis. E a big tech alertou que o hack seria mais abrangente do que se sabia até então (justamente por mirar ambos os lados da disputa).

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Posicionamentos

Mulher com capuz atrás de notebook com símbolo de cadeado na capa; atrás dela, as bandeiras do Irã e EUA
Irã já estaria atacando EUA desde maio, segundo Google (Imagem: Haris Mm/Shutterstock)

Na terça-feira (14), a campanha de Harris confirmou ter sido alvo de “operação de influência de hackers estrangeiros”. Mas indicou não estar “ciente de nenhuma violação de segurança de nossos sistemas resultante desses esforços”.

A campanha de Trump culpa o Irã por vazamento de documentos. Do lado do Irã, houve negação quanto às acusações.

“O governo iraniano não possui nem abriga nenhuma intenção ou motivo para interferir na eleição presidencial dos Estados Unidos”, disse um porta-voz da Missão Permanente do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU).