A população do Brasil está chegando perto de seu auge. É isso que o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) revelou em uma nova projeção divulgada nesta quinta-feira (22). De acordo com o órgão, o país deve chegar a 220,43 milhões de habitantes em 2041, antes desse número começar a cair no ano seguinte.

O que você precisa saber?

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  • 2042 é o ano estimado pelo IBGE para que a população brasileira comece a cair;
  • Atualmente, o Brasil tem 215,3 milhões de habitantes;
  • A estimativa é de que em 2041 teremos 220,43, que seria a população máxima do país;
  • Até lá, a taxa de aumento populacional deve cair gradativamente. Hoje esse número é de 0,4%;

A partir de 2042, a porcentagem de queda populacional então deve começar a aumentar, atingindo 0,7% em 2070.

“No início dos anos 2000, a gente tinha uma taxa de crescimento acima de 1%. Estamos nos aproximando de zero. Em se tratando de Brasil, isso se dá principalmente pelo saldo de nascimentos e mortes. Nesse ponto [em 2042], o número de óbitos superaria os nascimentos”, explica o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi à Agência Brasil.

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Imagem: Multidão de pessoas em uma rua comercial. Créditos: r.classen/Shutterstock

População já tem data para começar a cair

Alguns estados devem começar a ver sua população reduzir na próxima década, são eles: Alagoas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Já Roraima e Santa Catarina devem continuar crescendo até a década de 2060 e o Mato Grosso deve passar de 2070 com crescimento populacional.

A previsão atual diminui a distância para o começo da queda. Os dados divulgados pelo IBGE em 2022 davam conta de que a redução populacional começaria em 2048. Mas, revendo dados dos últimos Censos, o instituto mudou a projeção. 

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O motivo para a essa queda, segundo a análise, é a redução da taxa de fecundidade. Em 2023, a taxa chegou a 1,57 filho por mulher, bem abaixo da taxa considerada adequada para a reposição populacional (2,1 filhos por mulher).

A queda vem ocorrendo de forma consistente desde o ano 2000, quando ainda estava acima do adequado para a reposição. “Essa queda da fecundidade tem um histórico mais longo. Ela ganhou força na metade da década de 1960. Para a gente ter uma ideia, essa taxa, em 1960, era de 6,28 filhos por mulher”, disse a pesquisadora do IBGE Marla França.