Ao finalizar a “turnê mensal” de julho pelos planetas do Sistema Solar, a Lua passou por Marte e Júpiter no dia 30 (do ponto de vista da Terra) – em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. Isso volta a acontecer este mês e, assim como da vez passada, esses encontros serão “às escondidas”.

De acordo com o guia de observação InTheSky.org, a primeira parada desta vez será em Júpiter, às 9h45 (pelo horário de Brasília) – momento em que ambos estarão ofuscados pela luz solar. No entanto, eles já poderão ser vistos bem próximos no céu entre 1h20 e 6h da manhã.

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Representação artística de Marte próximo a Júpiter sob o ponto de vista da Terra. Créditos: buradaki/Anil atray/Shutterstock. Edição: Olhar Digital

Já no caso da conjunção entre a Lua e Marte, que será às 21h23, segundo a mesma plataforma, os protagonistas do evento estarão abaixo da linha do horizonte na ocasião, fora, portanto, do campo de visão da Terra. Eles voltam a aparecer no céu em torno de 1h53, quando ainda vão poder ser vistos próximos.

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Marte nesta terça-feira (27), pouco depois da conjunção com Júpiter. Crédito: SolarSystemScope

Tanto a Lua quanto Marte e Júpiter estão posicionados na constelação de Touro, com magnitudes de -11.4, 0.8 e -2.3, respectivamente. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

Em setembro, a Lua se encontra com Mercúrio (1º), Vênus (5), Saturno (17), Júpiter (23) e Marte (25). Essa série de conjunções que a Lua faz mensalmente ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

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Em agosto de 2023, a Índia se tornou a quarta nação a realizar um pouso suave bem-sucedido na Lua, quando a missão Chandrayaan-3 colocou o módulo de pouso Vikram próximo ao Polo Sul lunar, uma região de grande interesse para futuras explorações humanas. 

Dentro dele, estava o rover Pragyan, que fez diversas observações do terreno ao redor do local de pouso e trouxe descobertas significativas, sugerindo que a Lua pode ter abrigado um oceano de magma há bilhões de anos. Saiba mais.