Um estudo recente da Universidade Waseda, no Japão, descobriu que exercícios leves de curta duração podem melhorar significativamente o fluxo sanguíneo para o cérebro em crianças, o que está associado a um aprimoramento das funções cognitivas.
O trabalho envolveu 41 crianças e adolescentes, desde o quinto ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, para investigar como exercícios breves e leves afetam o córtex pré-frontal, uma área do cérebro relacionada aos processos cognitivos.
Os pesquisadores focaram em exercícios simples que podem ser feitos sem equipamento especial, como alongamentos sentados, com movimentos que duram entre 10 a 20 segundos.
Utilizando espectroscopia funcional de infravermelho próximo, uma técnica que mede mudanças no fluxo sanguíneo cerebral analisando os níveis de oxi-hemoglobina, a equipe observou um aumento significativo no fluxo sanguíneo para várias regiões do córtex pré-frontal durante todos os exercícios comparado aos estados de repouso.
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Exercício é benéfico para a função cognitiva infantil
- Publicado na revista Scientific Reports, o estudo sugere que incluir esses tipos de exercícios na rotina das crianças pode melhorar suas habilidades cognitivas e pode também ajudar a prevenir o declínio cognitivo em adultos e idosos.
- Takashi Naito, estudante de doutorado na Universidade Waseda e um dos autores do estudo, afirmou: “Ao combinar esses exercícios, é possível criar um programa que todos possam facilmente seguir para melhorar as funções executivas das crianças.”
- Os autores destacaram que o estudo indica que exercícios de curta duração e intensidade leve, que envolvam algum nível de demanda cognitiva e/ou física, podem ativar o córtex pré-frontal e aumentar o fluxo sanguíneo.
Embora estudos anteriores já tenham mostrado que o exercício físico melhora a função cognitiva de diversas formas, como aumentando o fluxo sanguíneo para o cérebro e promovendo a formação de novos neurônios, o estudo atual oferece soluções potenciais para combater o comportamento sedentário crescente entre as crianças.
O estudo representa um avanço importante na promoção de um estilo de vida mais ativo e no desenvolvimento das funções cerebrais das crianças, apoiando seu crescimento físico e mental.
“Nossa meta é desenvolver um programa de exercícios leves que seja acessível a todos, visando melhorar a função cerebral e reduzir o comportamento sedentário das crianças,” concluiu Naito.
