Intel planeja profunda reestruturação e nova onda de demissões

A medida faz parte de um plano de ação da Intel para reformular os gastos da companhia em meio à crise que vem enfrentando nos últimos anos
Alessandro Di Lorenzo04/09/2024 11h24
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Imagem: Tada Images/Shutterstock
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Após demitir mais de 15 mil funcionários no mês de agosto, a Intel está planejando cortar ainda mias o quadro de funcionários da empresa. A medida faz parte de um plano de ação para reformular os gastos da companhia em meio à crise que vem enfrentando nos últimos anos.

Intel enfrenta grave crise

  • Desde 2021, a receita e o lucro da empresa registram quedas sucessivas.
  • O último balanço financeiro, divulgado no começo de agosto deste ano, apontou um prejuízo de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões) e resultou na demissão de cerca de 15% da força de trabalho da Intel.
  • No entanto, estes cortes não foram suficientes para reverter o atual quadro da companhia.
  • Por isso, o CEO Pat Gelsinger e os principais executivos da empresa irão se reunir nos próximos dias para definir quais serão os próximos passos.
  • As informações são da Reuters.
Não há informações de quantos funcionários seriam cortados na nova leva de demissões (Imagem: Photo Smoothies/ Shutterstock)

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Os planos para o futuro

De acordo com a reportagem, Gelsinger estaria disposto a tomar medidas drásticas. Além das demissões, ele pretende realizar uma reestruturação completa da empresa.

Isso pode resultar no cancelamento da construção de uma nova fábrica da Intel em Magdeburg, na Alemanha. O investimento estimado no espaço é de US$ 32 bilhões (mais de R$ 180 bilhões).

Outra medida emergencial seria a venda da Altera. Adquirida em 2015, a fabricante se tornou referência no segmento de chips programáveis e recebeu investimentos pesados da Intel. Analistas apontam que ela é bem-vista no mercado e poderia garantir uma boa receita em caso de venda.

Fachada da Intel
Intel enfrenta grandes desafios para reverter a queda nos lucros (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

O plano de reestruturação também pode significar o fim da divisão de Fundição da Intel, um dos negócios de maior despesa da companhia. No entanto, ela é considerado fundamental para o futuro, uma vez que poderia garantir uma independência em relação à TSMC e atrair potenciais clientes interessados em fabricação de semicondutores.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.