O LinkedIn introduziu recentemente uma nova configuração de privacidade que permite à plataforma utilizar informações dos usuários para treinar sua inteligência artificial, a menos que a configuração seja desativada manualmente.
Essa mudança pegou muitos usuários de surpresa, pois, por padrão, o LinkedIn considera o uso de postagens, artigos e vídeos como dados válidos para esse propósito.
Para cancelar essa opção, os usuários devem acessar suas configurações de privacidade na conta. Embora a empresa justifique essa prática como uma forma de ajudar os usuários a encontrar empregos e desenvolver habilidades, surgem preocupações sobre a justiça dessa utilização dos dados, especialmente porque os usuários não recebem compensação ou informações claras sobre isso.
LinkedIn sofreu críticas pela comunicação com seus usuários
- Críticos, como Mario Trujillo da Electronic Frontier Foundation, argumentam que as opções de cancelar o uso de dados são frequentemente difíceis de encontrar, o que compromete os direitos de privacidade dos usuários.
- Eles defendem que as empresas deveriam oferecer escolhas mais transparentes e diretas sobre consentimento.
- Outras grandes empresas, como Meta e Google, também têm adotado práticas semelhantes, usando dados públicos para treinar suas IAs.

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O LinkedIn, que é de propriedade da Microsoft, informou os usuários sobre essa nova política por meio de e-mails e mensagens, mas muitos se sentiram desprevenidos, diferentemente da Microsoft, que ofereceu um prazo maior para o usuário não liberar o uso de seus dados.
Em resposta às críticas, o LinkedIn afirmou que está focado em aprender como melhorar sua abordagem no futuro, buscando maneiras de implementar mudanças mais informadas. Essa situação levanta questões importantes sobre a ética no uso de dados pessoais e o valor do trabalho dos usuários na construção dessas tecnologias.
