ONU faz alerta sobre o uso do Telegram por redes criminosas

Relatório destaca como o aplicativo de mensagens facilita atividades ilícitas em larga escala, sendo cada vez mais usado por criminosos
Leandro Costa Criscuolo07/10/2024 20h39
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Imagem: Dugguphotovala/Shutterstock
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O uso do Telegram por redes criminosas no Sudeste Asiático está em ascensão, permitindo que agentes do crime organizado conduzam atividades ilícitas em grande escala, segundo um relatório da ONU divulgado pela Reuters nesta segunda-feira (07).

O documento reforça as alegações de que o Telegram, sob a liderança de Pavel Durov, facilita o comércio de dados hackeados, incluindo informações de cartão de crédito e senhas, em canais com pouca moderação.

Ferramentas para crimes cibernéticos, como software deepfake e malware, são amplamente vendidas na plataforma, além de serviços de lavagem de dinheiro oferecidos por bolsas de criptomoedas não licenciadas.

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Rede criminosa que utiliza o Telegram aplica fraudes pelo mundo todo – Imagem: Stockmachine/Shutterstock

O relatório destaca que grupos de crime organizado, muitos dos quais são sindicatos chineses, geram anualmente entre US$ 27,4 bilhões e US$ 36,5 bilhões por meio de esquemas fraudulentos que visam vítimas globalmente.

Telegram deve passar a cooperar com as autoridades

  • Após a prisão de Durov em Paris, ele foi acusado de permitir atividades criminosas, incluindo a disseminação de imagens de crianças.
  • Em resposta, Durov prometeu cooperar com as autoridades e remover recursos utilizados para crimes.
  • Benedikt Hofmann, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), alertou que a exposição dos dados dos consumidores a atividades ilegais aumentou significativamente.

O relatório também revela que grupos criminosos na região estão adotando novas tecnologias e modelos de negócios, integrando inteligência artificial e deepfakes em suas operações. Em resposta a essas preocupações, a polícia sul-coreana está investigando o Telegram por seu papel em crimes sexuais online.

Celular com ícone do Telegram na tela e, ao fundo, uma foto de Pavel Durov, CEO do Telegram
CEO do Telegram enfrenta acusações sobre facilitar a atividade criminosa no mensageiro (Imagem: Thrive Studios/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.