Governo Federal dá prazo para Enel resolver apagão em São Paulo

Se o serviço não for normalizado até a data, a Enel deverá explicar os motivos ao ministério de Minas e Energia e à Aneel
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 14/10/2024 14h41, atualizada em 01/11/2024 14h02
lâmpada apagada e uma vela acesa
(Imagem: Evgen_Prozhyrko / iStock)
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Mais de 500 mil clientes da capital paulista e da Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica na manhã desta segunda-feira (14), segundo balanço da Enel. O apagão foi causado por um temporal na sexta-feira (11). Com a demora para normalizar o serviço, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu prazo de três dias para a concessionário resolver o problema.

Ministro ainda responsabilizou prefeitura pela situação

A companhia, junto com as equipes de outras distribuidoras, tem até a manhã de quinta-feira (17) para terminar os reparos e restabelecer totalmente o serviço. Se ainda houver problemas, deverá explicar os motivos ao ministério e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Mais de 50% dos eventos foram causados por árvore caindo em cima do sistema de média e baixa tensão em São Paulo. O que hoje, infelizmente, as distribuidoras, por força legal e licença ambiental, não têm a prerrogativa de cuidar. Levaremos esse ponto para discussão no governo federal para ver solução legislativa, inclusive para dar essa prerrogativa, porque municípios que não cuidam da responsabilidade da questão urbanística em sinergia com distribuição têm que dar ao menos liberdade para setor de distribuição [cuidar].

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
alexandre silveira
Ministro de Minas e Energia cobrou Enel e a prefeitura de SP pelo apagão (Imagem: Focus Pix/Shutterstock)

O ministro ainda criticou Ricardo Nunes (MDB) e disse que a Prefeitura de São Paulo tem responsabilidade na questão. O prefeito passou a ser alvo depois de postar críticas nas redes sociais, afirmando que o chefe de Minas e Energia falava em renovação com a Enel. Silveira chamou as afirmações de “fake news”.

O ministro também afirmou que a fiscalização da Aneel não está à altura do problema. Segundo ele, diretores da agência foram indicados no governo anterior e todos têm padrinho político. As informações são da Folha de São Paulo.

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Enel está sendo pressionada após mais um dia de apagão em SP (Imagem: Creative Lab/Shutterstock)

Ações da Enel são consideradas insuficientes

  • A Enel garantiu que a companhia está trabalhando intensamente para resolver o problema do apagão em São Paulo.
  • Foram disponibilizados 500 geradores para atender hospitais e outros estabelecimentos essenciais.
  • Além disso, helicópteros da empresa estão sobrevoando as linhas de transmissão para identificar falhas.
  • Os canais de comunicação da Enel também foram reforçados, após a empresa receber mais de um milhão de chamados desde o início do apagão.
  • Entre os principais meios de contato estão o SMS, o aplicativo da Enel e o WhatsApp.
  • No entanto, autoridades afirmaram que a reação da empresa está abaixo do esperado e criticaram a falta de prazo para a resolução do problema.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.