Imagem: reprodução/HBO
Os filmes de Hollywood popularizaram o medo de que um apocalipse zumbi acabe com a humanidade. Muitos destes enredos fictícios apostam em crises originadas a partir de infecções por fungos, algo que realmente existe na natureza.
Mas o que a ciência tem a dizer sobre a possibilidade destes organismos infectarem e controlarem os seres humanos? Isso seria possível? E, em último caso, é algo que poderia representar o fim da nossa espécie?
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Por muitos anos, pesquisadores tentaram entender se este mesmo mecanismo poderia ser usado contra os seres humanos. Mas de acordo com um artigo publicado no The Conversation por Matt Kasson, professor de Micologia e Patologia Vegetal da West Virginia University, nos EUA, isso não é algo provável.
Essas diversas parcerias mórbidas – relacionamentos que levam à morte – foram formadas e refinadas ao longo de milhões de anos de tempo evolutivo. Um fungo especializado em infectar e controlar formigas teria que desenvolver ferramentas vastamente novas ao longo de milhões de anos para conseguir infectar até mesmo outro inseto, mesmo um que seja parente próximo, quanto mais um ser humano.
Matt Kasson, professor da West Virginia University
No entanto, isso não quer dizer que estes organismos não signifiquem uma ameaça à nossa saúde. O Aspergillus fumigatus e o Cryptococcus neoformans, por exemplo, podem invadir os pulmões e causar sintomas graves semelhantes aos da pneumonia. O segundo deles ainda pode chegar ao sistema nervoso central, causando sintomas como rigidez no pescoço, vômitos e sensibilidade à luz.
O especialista ainda destaca que as doenças fúngicas estão aumentando em todo o mundo. Os fungos prosperam em ambientes quentes e úmidos, mas é possível se proteger contra muitos deles apenas tomando banho. De qualquer forma, nenhum deles pode nos transformar em um zumbi.
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de novembro de 2024 16:49