Apple alega não praticar monopólio e pede que processo seja retirado

Empresa da maçã argumenta que não detém poder de monopólio e que suas práticas são necessárias para inovação e segurança
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Rodrigo Mozelli 22/11/2024 04h00, atualizada em 04/12/2024 15h29
Martelo de juiz à frente de logo da Apple
(Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)
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A Apple pediu, na última quarta-feira (20), a um juiz federal, que rejeitasse o processo movido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que a acusa de dominar ilegalmente o mercado de smartphones.

Conforme a Reuters, em audiência no tribunal distrital dos EUA em Newark, Nova Jersey, a advogada da Apple, Devora Allon, afirmou que o governo não conseguiu provar que a empresa possui poder de monopólio e argumentou que o caso deveria ser descartado.

A maçã também solicitou que o juiz limitasse o processo de descoberta, que envolve a troca de informações entre as partes do caso.

Acusação antitruste contra a Apple

  • A acusação do governo indica que a Apple restringe a concorrência e mantém os usuários “presos” ao seu ecossistema, limitando a interoperabilidade entre iPhone, aplicativos e dispositivos de terceiros;
  • No entanto, a Apple argumenta que suas limitações tecnológicas são razoáveis, visando proteger a segurança e a inovação, e forçá-la a compartilhar sua tecnologia com os concorrentes prejudicaria o avanço no setor;
  • A empresa também sustentou que não pode ser acusada de práticas anticompetitivas por restringir o acesso à sua tecnologia.

Imagem mostra a logomarca da Apple ao fundo, bem iluminada e acompanhada de uma silhueta de seu fundador, Steve Jobs
Empresa do iPhone tenta fazer com que processo contra ela seja descartado (Imagem: hanohiki/Shutterstock)

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O caso antitruste contra a Apple é parte de movimento bipartidário nos Estados Unidos para investigar grandes empresas de tecnologia, que incluem o Google, acusado de monopólio no mercado de buscas online; a Meta, que enfrenta acusações de suprimir concorrência ao adquirir rivais; e a Amazon, investigada por suas práticas comerciais com vendedores.

A Apple citou casos anteriores, como o da Federal Trade Commission (FTC) contra a Meta, para reforçar seu argumento de que reter acesso à tecnologia não deve ser considerado anticompetitivo.

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Apple alega que o Departamento de Justiça não foi capaz de provar que suas práticas são anticompetitivas (Imagem: gracethang2/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.