‘Baratas ciborgues’ podem atuar em operações de busca e resgate; entenda

Pesquisadores estão instalando uma pequena placa de circuito nas costas dos insetos para controlar o movimento dos animais
Alessandro Di Lorenzo07/12/2024 08h21
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Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock
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Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, estão desenvolvendo um projeto, no mínimo, interessante. Eles estão instalando uma pequena placa de circuito nas costas de besouros e baratas.

O objetivo é criar um robô biohíbrido, parte vivo e parte máquina. Através de pulsos elétricos emitidos para as antenas dos insetos, os cientistas são capazes de controlar o movimento dos animais.

Agilidade natural das baratas pode ajudar em operações de resgate

A ideia dos pesquisadores e criar um exército de insetos e utilizá-los em trabalhos de busca e resgate no futuro. Os besouros e baratas ciborgues seriam utilizados em situações como terremotos ou outros desastres.

Baratas são aposta de equipe de pesquisadores da Austrália (Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock)

Nestes casos, os humanos não conseguem acessar com segurança alguns locais. A alternativa, então, é enviar os robôs biohíbridos, aproveitando a agilidade natural dos animais.

Segundo os cientistas, os insetos podem ajudar encontrando e indicando a localização de sobreviventes, bem como entregando medicamentos até que os socorristas humanos possam chegar lá. As informações são da CNN.

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Ideia é usar as baratas ciborgues para ajudar vítimas em escombros, por exemplo (Imagem: Çaglar Oskay/Unsplash)

Direcionar os movimentos dos insetos ainda é um desafio

  • Atualmente, o laboratório de biorobótica responsável pelo projeto está instalando as mochilas de controle em besouros escuros e baratas gigantes, uma espécie nativa da Austrália que pode crescer até oito centímetros de comprimento.
  • Estas espécies da família darkling podem ser encontradas em ambientes que variam de savanas tropicais a desertos áridos em todo o mundo.
  • A equipe acredita que ainda pode demorar algum tempo para que seja possível dominar totalmente a capacidade de direcionar os movimentos dos insetos.
  • Mas em algumas décadas eles projetam usar os animais para salvar vidas.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

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